Journal Information
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
ÁREA: INFECTOLOGIA CLÍNICA
Full text access
OR-46 - ASSOCIAÇÃO ENTRE GENES DE VIRULÊNCIA DE MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS E MARCADORES CLÍNICOS DE GRAVIDADE
Visits
68
Alessandra Luna-Muschi, Igor C. Borges, Ana Carolina Mamana, Marina Farrel Cortês, Valquiria Reis de Souza, Lucas Henrique de Castro Ah-Ti, Joyce Vanessa da Silva Fonsec, Ana Paula Marchi, Nilson Antonio da Rocha Coimbr, Silvia F. Costa
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Introdução

A gravidade da tuberculose depende da interação entre a resposta imune do hospedeiro e a virulência do Mycobacterium tuberculosis (Mtb). Pouco se conhece sobre a associação entre a caracterização genotípica e os aspectos clínicos da doença.

Objetivo

Determinar os fatores de virulência micobacterianos associados a tuberculose disseminada, extrapulmonar e a forma pulmonar cavitária de isolados de pacientes com tuberculose ativa atendidos no HC-FMUSP de 2014 a 2020.

Método

Análise de amostras de conveniência de isolados de Mtb de pacientes com diagnóstico de tuberculose ativa. Os prontuários clínicos foram consultados para avaliar os dados demográficos, clínicos e desfecho. Os isolados de Mtb foram sequenciadas pela plataforma Ion Torrent. A árvore filogenética baseada nos polimorfismos de nucleotídeo único do coregenoma foi construida com o método de máxima virossimilhança pelo programa REALPHY. Além disso, os linhagens e sublinhagens dos isolados foram determinados utilizando TB profiler. A presença dos genes de virulência foi avaliada através do programa Virulence Factor Database (VFDB) e confirmada por curadoria manual. Os genes com variabilidade > 5% foram incluidas na análise bivariada com qui quadrado para avaliar a associação com a forma disseminada, acometimento extrapulmonar e pulmonar cavitária.

Resultados

No total, 141 isolados clínicos de Mtb foram sequenciados, 65% foram de pacientes de sexo masculino, a mediana de idade foi de 44 anos e 36% (n = 50) foram imunocomprometidos. A forma pulmonar localizada foi a mais comum (65%, n = 91), seguida da forma disseminada (26%, n = 37) e extrapulmonar localizada (9%, n = 13). A maioria dos isolados pertenceram a linhagem euroamericana (99%, n = 140), predominantemente da sublinhagem LAM. Na árvore filogenêtica, não evidenciamos cluster de acordo com as formas clinicas avaliadas. Foram analisados 69 genes de virulência, 84% (n = 58) foram constitucionais do Mtb por estar presentes em 100% das amostras. Cinco genes mbtB, EspB, PPE, espK e plcD tiveram variabilidade > 5% entre as amostras. Não observamos associação entre os genes avaliados e a presença de tuberculose com acometimento extrapulmonar, forma disseminada ou pulmonar cavitária.

Conclusão

Não encontramos associação entre os genes de virulência analizados e a gravidade da tuberculose. A avaliação do genoma completo de Mtb pode completar a presente análise.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools