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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
ÁREA: INFECTOLOGIA CLÍNICA
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OR-27 - INTERNAÇÃO POR TUBERCULOSE EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E EPIDEMIOLÓGICAS, 10 ANOS DE AVALIAÇÃO
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Gabriela Pizarro O.F. Henriques, Olavo H. Munhoz Leite, Daniel Ayabe Ninomiya, Erika Yukie Ishigaki, Ana Carla Carvalho Mello e Silva, David Everson Uip
Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Santo André, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A adoção do diagnóstico simplificado e do esquema básico com tratamento ambulatorial supervisionado teve um impacto significativo no controle da tuberculose (TB). A hospitalização ficou reservada para os casos graves, complicações, intolerância/toxicidade do tratamento, situações de vulnerabilidade social. Contudo, ainda persiste um número considerável de admissões hospitalares por TB.

Objetivo

Avaliar os motivos de hospitalização por TB e descrever o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes.

Método

Estudo descritivo retrospectivo realizado através da revisão de prontuários no Hospital Estadual Mário Covas (HEMC) / Centro Universitário FMABC entre janeiro de 2013 e dezembro de 2022.

Resultados

Das 370 internações por suspeita de TB, 173 foram excluídas (maioria TB descartada), totalizando 197 internações avaliadas. Destas, 144 (73%) homens, idade média de 41,8 anos, 109 (55%) pardos, 71/113 (62%) cursaram até o ensino fundamental. Etilismo e tabagismo presentes em 66/128 (51%) e 82/128 (64%), respectivamente. Coinfecção TB-HIV em 109 (55%), 82% com células T CD4 < 200. Do total, 84 (42%) foram classificados como desnutridos (avaliados pelo serviço de nutrição). 101 (51%) apresentavam TB extrapulmonar/disseminada, sendo o SNC acometido em 36% destas. Ocorreram 51 (26%) tratamentos empíricos (nenhum teste diagnóstico positivo). 146 (74%) pacientes internaram para elucidação diagnóstica: 34% sintomas gerais (febre, tosse, perda ponderal), 29% insuficiência respiratória, 28% sintomas neurológicos, 9% outros. Em média, 3,6 meses foi o tempo para o diagnóstico. Em 51 (26%) internações os pacientes tratavam TB e internaram principalmente por efeitos adversos (27%) e perda de seguimento com piora clínica (20%). 47 (24%) foram admitidos em terapia intensiva e 34 (17%) evoluíram a óbito (22 TB-HIV). O desfecho óbito intra-hospitalar foi avaliado de acordo com as variáveis em análise univariada.

Conclusão

Foram avaliados 10 anos de internações por TB. As características sociais e epidemiológicas evidenciadas são próximas das descritas na literatura médica. A coinfecção TB-HIV e a imunossupressão grave destacaram-se no estudo. O diagnóstico tardio da infecção pelo HIV continua sendo um problema importante e frequente nos hospitais terciários, aumentando o risco de adoecimento por TB. A baixa presunção médica está refletida na demora para o diagnóstico de TB e, somado à dificuldade de acesso aos serviços de saúde, resultam em deterioração clínica dos pacientes e necessidade de internação.

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