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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
ÁREA: EPIDEMIAS E DOENÇAS EMERGENTES
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OR-21 - RESISTÊNCIA ISOLADA A RIFAMPICINA EM CASOS DE TB EM PVHIV - DESCRIÇÃO DOS CASOS DA CIDADE DE SÃO PAULO
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Carolini Cristina Valle, Vitoria Annoni Lange, Denise do Socorro da Silva Rodrigues, Paulo Roberto Abrão Ferreira
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A tuberculose acometeu cerca de 10 milhões de pessoas em 2022, sendo responsável por cerca de 1,3 milhões mortes no mesmo ano. Um dos grandes desafios para controle da doença é a resistência (TBDR), sendo o mycobacterium tuberculosis o patógeno responsável pelo maior número de casos de resistência aos fármacos no mundo, com cerca de 500 mil casos ao ano. Dentro do cenário de TBDR a monoresistência a rifampicina (RMR) vem se destacando com um número crescente de casos, sendo responsável na nossa amostra por cerca de 28% dos casos de resistência. A infecção pelo HIV vem sendo descrita como um fator independente para a RMR, fenômeno ainda não bem compreendido.

Objetivo

Descrever os casos de RMR associados a infecção pelo HIV nos pacientes atendidos no Instituto Clemente Ferreira (ICF) na cidade de São Paulo.

Método

Foi realizado um estudo retrospectivo dos casos de TBDR com foco na RMR atendidos no ICF em São Paulo, entre 2017 e 2021 Os dados foram extraídos do SITE-TB, TBweb e dos prontuários físicos dos pacientes incluídos no estudo.

Resultados

Foram analisados os prontuários de 76 pacientes com RMR, em tratamento no ICF entre o período proposto. A coinfecção pelo HIV foi observado em 15 pacientes 19,7% do total e 21,7% dos casos testados. Dos pacientes coinfectados 60% já tinham sido submetidos a algum tratamento prévio com exposição a rifampicina contra 28% dos pacientes não coinfectados ou não testados para HIV. A média de idade dos pacientes vivendo com HIV foi de 39 anos, dois anos a mais que o grupo RMR geral. Entre os pacientes vivendo com HIV, foi observado comparativamente uma proporção maior de pacientes em situação de rua e com história de abuso de drogas. Com relação aos exames diagnósticos, na população vivendo com HIV o TRM TB foi concordante com o exame fenotípico em 75% das vezes, já no grupo não coinfectado a concordância foi de 6%, essa diferença foi estatisticamente significativa com P < 00,1 apesar da diferença de tamanho entre os grupos. Entre os pacientes não coinfectados a cura foi alcançada em 65% dos casos contra 40% entre os PvHIV.

Conclusão

Em comparação com os dados nacionais, para coinfecção HIV e TB, notamos um aumento da prevalência em pacientes com MRM. A maioria desses pacientes teve alguma exposição prévia a rifampicina e essa exposição intermitente pode estar associada ao aumento dos casos de monorresistência nessa população.

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