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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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OR-18 - ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE METAHEMOGLOBINA, SEUS NÍVEIS E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
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Alexia Martines V. Silva, Thaina Monique G.S. Luz, Rafaela Soares Silva, Mariana Pinheiro A. Vasconcelos, Dhelio Batista Pereira
Centro de Pesquisa em Medicina Tropical Rondônia (CEPEM), Porto Velho, RO, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Visando diminuir recaídas, o tratamento da malária foi modificado aumentando a dose diária da primaquina e reduzindo o tempo de tratamento. Essa estratégia parece ter aumentado episódios de metahemoglobinemia, ações oxidantes nas hemoglobinas, transformando as em metemoglobina (metaHb), que não possuem capacidade de transporte de oxigênio aos tecidos.

Objetivo

Analisar a prevalência de metemoglobina, seus níveis e manifestações clínicas.

Método

Os participantes foram atendidos no ambulatório de malária do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical de Rondônia, em Porto Velho, no período de 2022 a 2023, com diagnóstico de metahemoglobinemia (MetaHB > 3,0%) em seus retornos. Foram avaliados níveis de metemoglobina e aspectos clínicos. Aprovado pelo CEP/CEPEM.

Resultados

Foram atendidos 5330 indivíduos e analisados 556 participantes com metahemoglobinemia (10,4%), com média de idade de 39 anos (DP 16), 68,2% eram do sexo masculino. Eram primoinfecção 135 indivíduos, destes 80,7% apresentavam valor de metaHb <10% (p < 0,001). Foram identificados 436 (78,6%) indivíduos que realizaram o tratamento com primaquina 7 dias e 98 (17,5%) primaquina 14 dias, 22 (3,9%) fizeram uso de primaquina em outro esquema. Estavam tomando o antimalárico 385 indivíduos, destes 83,9% apresentavam valor de metaHb < 10 (p < 0,001). Dos indivíduos analisados, 100 tiveram cefaleia, sendo 82% com valor de metaHb < 10 (p = 0,003), 74 tinha tontura, destes 79,8% com valor <10 (p = 0,002), 63 tinham náusea, destes 79,3% com valor < 10 (p = 0,003). 17 pessoas tinham dispneia, e 76,5% tinham valor de metaHb < 10 (p = 0,02). 10 tinha cianose e 86,5% tinham valor de metaHb < 10 (p = 0,06). Dos 259 participantes que retornaram entre 4 e 7 dias 55,6% apresentavam valores de metaHb entre 5,0 e 10,0. A saturação foi avaliada em 376, destes 31 (8,2%) tinham SO2 < 92%, sendo que todos esses tiveram metaHb > 5 (p < 0,001). 496 indivíduos retornaram em menos de 15 dias do diagnóstico de malária e 66,5% apresentavam metaHb > 5 (p < 0,001).

Conclusão

As manifestações clínicas estão diretamente relacionadas aos níveis de MetaHb. Entretanto, os sintomas estão presentes quando MetaHB < 10%, divergindo de estudos que sugerem o início dos sintomas com valor superior a 12%. É fundamental que os profissionais de saúde tenham conhecimento sobre a metaHb como complicação do tratamento de malária (10,4%), principalmente nas regiões endêmicas. O diagnóstico pode ser um desafio sem o auxílio do co-oximetro, mas características clínicas podem ser fundamentais.

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