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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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OR-10 - AVALIAÇÃO DA ROTINA DE HEMOCULTURAS E IMPACTO NAS COLETAS PÓS-TREINAMENTO EM HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO
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Pedro Paulo Gonçalves Lima, Durval Alex Gomes e Costa, Andréa Sofo, Natália Kano Paiva, Simone Gomes de Sousa, Regina Bukauskas, Egly Soares de Melo Leite, Adilson Joaquim Westheimer Cavalcante
Hospital Heliópolis, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A contaminação de hemoculturas impacta significativamente os seus resultados, levando a consequências perniciosas que compreendem desde a exposição desnecessária a antimicrobianos até o aumento do tempo de hospitalização. Intervenções educacionais para melhores práticas de coleta compõem uma estratégia de baixo custo que pode influenciar as taxas de contaminações, contribuindo para melhor uso dessa ferramenta diagnóstica.

Objetivo

Avaliar o impacto de intervenção educacional nos resultados de hemoculturas em três unidades com alta taxa de coleta em hospital público terciário e analisar os conhecimentos dos profissionais sobre hemoculturas.

Método

Avaliou-se os conhecimentos sobre hemoculturas de médicos residentes e internos, pré e pós-intervenção, em três unidades com alta taxa de coleta e realizou-se treinamento sobre a coleta adequada ao longo de quatro meses. Analisou-se retrospectivamente os resultados de hemoculturas nos quatro meses anteriores ao estudo para posterior comparação com os resultados obtidos nos quatro meses em que o estudo ocorreu.

Resultados

Após a intervenção, houve redução nas taxas de contaminação nas três unidades avaliadas, variando de 35,71% para 21,88% na unidade de emergências cirúrgicas, de 18,07% para 11,93% na unidade de emergências clínicas, e de 10,17% para 2,70% na enfermaria de clínica médica. Houve aumento global nas taxas de coletas em todas as unidades, variando de 161 para um total de 215 coletas. Temas como tempo de positivação, distribuição de volume insuficiente de sangue nos frascos de cultura, número de frascos e volume ideal de sangue coletado em um adulto e interpretação de resultados com contaminantes apresentaram elevadas taxas de erros no questionário pré-treinamento. Após o treinamento, observou-se melhora do desempenho no questionário de avaliação em nove das 10 questões propostas e a média geral de acertos variou de 61,70% para 81,50%. As mulheres foram o gênero mais prevalente e o treinamento teve menos efeito nos profissionais com menor tempo de formação.

Conclusão

O treinamento sobre coletas reduziu significativamente as taxas de contaminações em todas as unidades avaliadas. Observou-se grandes déficits nos conhecimentos sobre hemoculturas pelos profissionais e o treinamento contribuiu para uma melhora do desempenho no questionário de avaliação. A intervenção educacional demonstrou-se como alternativa de baixo custo para reduzir as taxas de contaminações em unidades com alta demanda desse exame.

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