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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
ÁREA: MICROBIOLOGIA
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OR-03 - O PAPEL DOS GENES DE RESISTÊNCIA E VIRULÊNCIA EM CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS EPIDERMIDIS NA PATOGÊNESE E NO RESULTADO CLÍNICO DE INFECÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS: UMA ANÁLISE GENÔMICA COMPARATIVA
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Ingrid Nayara Marcelino Santos, Felipe Alberto Lei, Fernanda Fernandes Santos, Mariana Félix Cerqueira Balera, Mariana Neri Lucas Kurihara, Ana Karolina Antunes Eisen, Giovana Santos Caleiro, Jansen Araújo, Edison Luiz Durigon, Mauro José Costa Salles
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Staphylococcus epidermidis (SEPI) é um agente oportunista comensal produtor de biofilme cutâneo frequentemente associado a infecções musculoesqueléticas (IME), com e sem implantes.

Objetivo

Este estudo teve como objetivo identificar marcadores fenotípicos e genotípicos diferenciadores entre SEPI da pele comensal e cepas patogênicas causadoras de IME. Além disso, o estudo avaliou desfecho de cura e recidiva dos pacientes com IME durante um período de acompanhamento de um ano.

Método

Um total de 46 isolados SEPI de casos de IME (n = 31) e swab de pele de indivíduos saudáveis (n = 15) foram estudados. As características fenotípicas foram avaliadas por meio de testes de suscetibilidade à microdiluição em caldo e ensaios de formação de biofilme. A identificação das espécies foi realizada utilizando espectrometria de massa (MALDI-TOF MS), e o sequenciamento completo do genoma (Ion Torrent Thermo Fisher®) foi utilizado para determinar relações filogenéticas (PubMLST), resistoma (ResFinder) e viruloma (VFDB).

Resultados

Entre as 46 cepas SEPI, 71,7% (n = 33/46) foram resistentes à oxacilina (MRSE), com detecção do gene mecA em 56,5% (n = 26/46). Curiosamente, o gene mecA foi identificado em 50% dos casos de IME em comparação com apenas 6% dos isolados comensais (p = 0,0005). Além disso, a resistência à oxacilina foi significativamente mais frequente nas cepas associadas à recidiva (45,1%) do que nos casos que curaram (32,3%) após um ano de acompanhamento (p = 0,040). A resistência à rifampicina com mutações no gene rpoB foi observada em 26% dos casos de IME (n = 12/46), enquanto todas as cepas comensais foram sensíveis à rifampicina. Os filotipos SEPI previamente associados à IME (ST2 e ST23) foram caracterizados exclusivamente em casos de infecção. No geral, os isolados produziram um biofilme forte ou moderado, com maior prevalência em casos de IME (54,3% vs. 19,5%). O elemento genético móvel IS256, associado à formação de biofilme e invasibilidade, foi encontrado apenas em isolados de casos de MSI, sendo significativamente mais carreado em isolados de pacientes com desfecho de recorrência da infecção (p = 0,038).

Conclusão

Estas descobertas demonstram que a resistência aos antibióticos e a formação de biofilme em cepas SEPI estão fortemente associadas à invasibilidade e à falha do tratamento em pacientes com IME. O estudo contribuí para o desenvolvimento de melhores estratégias diagnósticas e terapêuticas para infecções associadas à SEPI.

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