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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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O CENÁRIO DAS INFECÇÕES RELACIONADAS À CATETERES VENOSOS CENTRAIS PARA HEMODIÁLISE ADULTO EM UM SERVIÇO DE ATENDIMENTO À PACIENTES RENAIS CRÔNICOS AGUDIZADOS, EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
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Luciana de Oliveira Matias
Corresponding author
luciana.matias@huhsp.org.br

Corresponding author.
, Thaysa Sobral Antonelli, Daniela Vieira da Silva Escudeiro, Dayana de Souza Fram, Diogo Boldim Ferreira, Érika Bevilaqua Rangel, Eduardo Alexandrino Servolo de Medeiros
Hospital São Paulo, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

De acordo com o último Censo Brasileiro de Diálise de 2021, estima-se que aproximadamente 150.000 pacientes estejam em diálise crônica, sendo a hemodiálise convencional a modalidade mais prevalente. O Cateter Venoso Central (CVC) de curta permanência é o mais utilizado, entretanto, quando há necessidade de tratamento prolongado, recomenda- se o implante de cateter de longa permanência tunelizado ou confecção de Fístula Arteriovenosa (FAV), como opções com menores complicações infecciosas e não infecciosas.

Método

Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, no qual foram analisadas as taxas de infecções relacionadas ao uso de CVC para hemodiálise, no período de janeiro a dezembro de 2022, de um serviço de hemodiálise adulto de um Hospital Universitário, localizado na cidade de São Paulo.

Resultados

O número de pacientes-mês variou entre 48 e 79, sendo a média de 64,8 pacientes-mês. A média de idade dos pacientes foi 50 anos, sendo 53,4% do sexo masculino e 46,6% do sexo feminino. A média das taxas de utilização de dispositivos para acesso vascular foi de 70% para cateteres de curta permanência, 18,5% para cateteres de longa permanência, 11,1% para FAV e 0,4% outros. A média da taxa de bacteremia relacionada aos dispositivos vasculares foi de 4,8% para CVC de curta permanência (26 eventos) e 1,3% para os de longa permanência (2 episódios). Dentre os microrganismos isolados nas hemoculturas, encontramos: 43% (13) Staphylococcus aureus (S. aureus), 18% (5) Klebsiella spp., 11% (3) Staphylococcus coagulase-negativo, 7% (2) Serratia spp., 7% (2) Enterobacter cloacae, 4% (1) Pseudomonas aeruginosa, 4% (1) Enterococcus faecalis, 4% (1) Acinetobacter spp. e 4% (1) Stenotrophomonas maltophilia. Em relação à média das taxas de infecção relacionadas aos sítios dos acessos vasculares foram: 5,2% para os CVC de curta permanência (28 infecções) e 3,2% para os de longa permanência (4 notificações). Não houve infecção relacionada à FAV. A média da taxa de CVC temporário maior do que 3 meses de permanência foi de 10,5%.

Conclusão

No presente estudo, verificamos elevadas taxas de infecções relacionadas aos cateteres de curta permanência quando comparadas aos de longa permanência e FAV. O S. aureus foi o agente etiológico mais prevalente. São necessárias medidas para reduzir o uso de CVC de curta permanência por mais de 3 meses e ampliação de outros métodos de acesso vascular, reduzindo complicações infecciosas e não infecciosas.

Palavras-chave:
Taxas de infecção
Hemodiálise
Cateter venoso
Complicações
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