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Vol. 28. Issue S3.
IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro
(November 2024)
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IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro
(November 2024)
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MUDANÇA NA EPIDEMIOLOGIA DE CANDIDEMIA: DADOS DE UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE
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Simone Aranha Nouéra, Kaio Nathan Alvarengaa, Luiza Leite Carvãoa, Anna Carla Castiñeirasb,c, Luiz Felipe A. Guimarãesb, Henrique Leandro Reis Rochad, Maria da Glória Carvalho Barreirosd
a Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
c Núcleo de Enfrentamento e Estudos de Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes (NEEDIER), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
d Laboratório de Micologia, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 28. Issue S3

IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro

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Introdução e objetivo

infecções fúngicas invasivas continuam sendo um desafio para pacientes hospitalizados, com alta mortalidade. Na pandemia de COVID-19, observou-se um aumento das infecções causadas por leveduras. O objetivo deste trabalho foi avaliar a epidemiologia das candidemias após a diminuição da pandemia.

Material e métodos

De 2017-2019 (período pré-pandemia), 2020-2022 (durante) e 2023-2024 (após), todas as hemoculturas positivas no sistema BactAlert® ao exame direto para leveduras foram encaminhadas ao Laboratório de Micologia para serem identificadas pelos métodos tradicionais (auxanograma e zimograma) e automatizado (Vitek2®). Uso do meio de Chromoagar®, Chromoagar plus® ou Malditof® foram utilizados para determinação da espécie de Candida. Apenas os pacientes assistidos no hospital foram acompanhados; somente a primeira hemocultura de cada paciente foi considerada; dados clínicos e epidemiológicos foram avaliados. A incidência anual de candidemia foi calculada considerando o número de admissões hospitalares. As diferenças entre as incidências foram calculadas pelo método de Poisson; valor de p < 0,05 foram considerados significativos.

Resultados

166 episódios foram acompanhados desde 2017. A incidência de candidemia variou de 1,2 episódios por 1000 admissões (pré-pandemia), 4,3 (durante a pandemia) a 2,7 (após). As espécies mais frequentes continuam sendo C. albicans (n = 57), C. parapsilosis (n = 47), C. tropicalis (n = 41) e C. glabrata (n = 16). Duas cepas de C. haemulonii e uma C. pelliculosa foram confirmadas. Nenhuma cepa foi identificada como C. auris. A incidência de candidemia aumentou desde o início da pandemia (de 1,2 para 2,8; p = 0,0001) e considerando apenas os pacientes que não tiveram COVID-19, manteve-se alta (2,5; p = 0,6). A incidência de C. albicans e C. tropicalis voltou ao nível da pré-pandemia (0,9 e 0,3; respectivamente). Entretanto, a incidência de C. parapsilosis aumentou de 0,3 (pré-pandemia) para 1,2 (pós-pandemia; p = 0,0015). Os pacientes com infecção por C. parapsilosis não tiveram relação temporal ou espacial. Após o início da pandemia, observamos que a maioria destes pacientes foram procedentes de clínicas de hemodiálise.

Conclusões

Após a diminuição da pandemia, a incidência de candidemia se manteve alta nos pacientes hospitalizados. Candida parapsilosis emergiu como patógeno mais prevalente.

Palavras-chave

Candidemia, Epidemiologia, COVID-19.

Conflitos de interesse

Nenhum autor tem conflitos de interesse.

Ética e financiamentos

Sem financiamento especifico. Projeto aprovado pelo CEP HUCFF

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