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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
ÁREA: INFECÇÃO EM IMUNODEPRIMIDOSEP-179
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MUCORMICOSE: INFECÇÃO OPORTUNÍSTICA GRAVE EM PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO
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Talita Resende Leal Ferreira, Wanderson Sant'Ana de Almeida, Ana Carolina Franco Santana, Lígia Lins Frutuoso, Mariana Mendonça Ferreira Ramos, Charlene Corrêa Mendes, Luciana Oliveira de Medeiros Marques, André Bon Fernandes da Costa, André Afonso Machado Coelho, Valéria Paes Lima Fernandes
Hospital Universitário de Brasília (HUB), Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

A mucormicose é uma infecção fúngica oportunista, altamente invasiva, causada por fungos da ordem Mucorales, que compreende vários gêneros, sendo principais: Rhizopus spp., Mucor spp. e Rhizomucor spp. Ela é mais comum em pacientes com diabetes descompensada, em imunossuprimidos, e pós-transplantados de órgãos sólidos. Esses fungos podem ser encontrados em resíduos orgânicos em decomposição e podem infectar o homem por inalação ou inoculação. As manifestações clínicas podem se apresentar com acometimento rinocerebral, cutâneo primário localizado ou generalizado, pulmonar, disseminado e gastrointestinal.

Objetivo

Apresentar caso de mucormicose rino-orbito-cerebral clássica precoce, em paciente diabético e associação com efeitos colaterais graves da anfotericina B.

Método

A.P.E.L., masculino, 54 anos, branco, morador de zona rural, diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 descompensado, encaminhado para serviço de infectologia e otorrinolaringologia do Hospital Universitário de Brasília com queixa de sinusite de repetição e lesão escurecida em palato duro há 2 semanas. Já realizado tratamento com inúmeros antibióticos previamente sem sucesso. Diante do quadro solicitou-se imagem de crânio e seios da face que evidenciaram sinusite maxiloetmoidal aguda bilateral, celulite facial maxilar à esquerda. Optado por abordagem cirúrgica e realizada maxilectomia parcial, debridamento de tecido necrótico e biópsia incisional da região.

Resultados

Em exame direto para fungos foi identificado presença de hifas hialinas grossas não septadas com ramificações anguladas em 90°, sendo iniciada anfotericina B deoxicolato, e posterior liberação do Ministério da Saúde, para anfotericina B complexo lipídico. Em cultura para fungos houve o crescimento de Rhyzopus spp. Durante a internação o paciente foi submetido à inúmeras abordagens cirúrgicas, apresentou diversas complicações secundárias ao uso da anfotericina, como lesão renal aguda, elevação aguda de enzimas canaliculares e intercorrências secundárias à assistência à saúde: Infecção de corrente sanguínea; IAM tipo II. Manteve resposta favorável e se encontra em fase de manutenção com isavuconazol.

Conclusão

A associação do tratamento cirúrgico, medicamentoso e controle da doença de base é o tripé mais indicado frente ao diagnóstico da mucormicose. Diante do exposto, ressalta-se a importância desta doença como evento possível em imunossuprimidos e do diagnóstico precoce como fundamental para melhor sobrevida.

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