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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐047
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MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS EM PACIENTES COM INFECÇÃO POR SARS‐COV2: RELATO DE TRÊS CASOS
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Jocarla Soares Araújo, Luiz Fernando Cabral Passoni, Mariana Torres, Carolina Oliveira Venturotti, Manoel Rodrigues Lima Neto, Sarah Lanferini Frank, Luis Eduardo Fernandes, Halime Silva Barcaui, Cristiane Nascimento Soares
Hospital Federal dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Doenças neurológicas, como encefalite e síndrome de Guillain‐Barré são comumente descritas como complicações de infecções virais e recentemente foram mostradas também em pacientes com quadro de síndrome respiratória aguda grave por coronavírus 2 (SARS‐CoV‐2). Neste caso, as alterações mais comuns têm sido AVE, rebaixamento do nível de consciência e injúria muscular associada à elevação de creatinofosfoquinase (CPK), porém também já foram relatados quadros de meningoencefalite com presença de RNA viral no líquido cefalorraquidiano (LCR), confirmando a capacidade de neuroinfecção pelo SARS‐CoV‐2.

Objetivo: Relatar três casos de manifestações neurológicas atípicas em casos de SARS‐CoV‐2 confirmados por RT‐PCR em swab nasal e de orofaringe.

Metodologia: Caso 1: Homem, 42 anos, com história de asma, apresentando febre, tosse, mialgia e odinofagia evoluindo após dois dias com intensa alodínia em braços e região dorsal. Ao exame neurológico, hiperestesia em nível de C3 e C4, com padrão de xale. Os sintomas persistiram por 3 dias e regrediram totalmente sem nenhuma intervenção. Caso 2: Mulher, 50 anos, sem comorbidades prévias, apresentando cefaleia de caráter latejante, febre e dispneia. Após 5 dias, apresentou paralisia periférica de nervo facial, sem outros achados no exame neurológico. Tomografia de crânio normal e LCR com proteínorraquia de 50mg/dL, sem outras alterações, com RT‐PCR para SARS‐CoV‐2 no LCR negativo. Melhora após tratamento com prednisona oral por 6 dias. Caso 3: Mulher, 73 anos, com mieloma múltiplo, com febre e dispneia progressiva, evoluindo com síndrome respiratória aguda grave (SRAG), necessitando de ventilação mecânica por 14 dias. Após extubação, apresentava arreflexia, tetraparesia (força grau 2/5) e diminuição de tônus muscular. Eletroneuromiografia mostrou polineuropatia motora axonal. Houve melhora progressiva do quadro, com alta hospitalar após 35 dias, com discreta perda de força em membros superiores.

Discussão/Conclusão: A avaliação dos casos relatados mostra que o espectro de alterações neurológicas causadas pelo SARS‐CoV‐2 pode ser maior do que comumente é visto em infecções virais, sendo necessária vigilância dos pacientes infectados para melhor descrição das nuances da doença.

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