Journal Information
Vol. 28. Issue S3.
IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro
(November 2024)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 28. Issue S3.
IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro
(November 2024)
Full text access
MANEJO DE ANEURISMA INFECCIOSO DE AORTA ABDOMINAL POR S. PNEUMONIAE
Visits
27
Lucas Chiarella Khalil, Luiz Felipe Abreu Guimarães
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 28. Issue S3

IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro

More info
Introdução

Aneurismas infecciosos são decorrentes de um processo tromboembólico, seja de etiologia bacteriana, fúngica e até mesmo viral. Os agentes etiológicos mais comuns são S. aureus, S. epidermidis; e Salmonella spp. Outras causas incluem S. pneumoniae. Os fatores de risco incluem: aneurisma pré-existente, injúria arterial prévia, histórico de patologias infecciosas, imunossupressão, aterosclerose. A fisiopatologia pode estar relacionada à inoculação direta do microrganismo; infecções contíguas; inoculação por bacteremia transitória e embolo séptico. A artéria mais acometida é a aorta por ser frequentemente acometido por aterosclerose. Por ser uma patologia rara e sintomas inespecíficos, a aortite por pneumococo é de difícil diagnóstico e a experiência de seu manejo clínico é limitado. O aneurisma infeccioso por pneumococo pode ser resultado de uma pneumonia adquirida da comunidade prévia, por meio de bacteremia e inoculação bacteriana no local. Os meios diagnósticos incluem hemoculturas e exames de imagem como AngioTC, PET-TC, AngioRM do vaso suspeito.

Relato de caso

Paciente de 66 anos, masculino, hipertenso, com histórico de acidente vascular encefálico isquêmico em 2020 com sequela de disartria leve, tabagista 8 cigarros ao dia vem a emergência com dor abdominal iniciada cerca de 10 dias antes, em barra, infraumbilical e associada a vômitos. Relatou constipação há cerca de 15 dias, oligúria há 8 dias e uso de antibióticos (não informado) sem melhora clínica. Negou febre, hipotensão ou alergias. - Abdome: plano, peristáltico, depressível, indolor e sem visceromegalias. Restante do exame físico sem alterações. Exames complementares: - Hemoculturas (13/05/2024): 3 amostras de 4 positivas com isolamento de S.pneumoniae resistente às penicilinas e sensível a ceftriaxona. O paciente recebeu tratamento com Ceftriaxona IV 2g uma vez ao dia com duração programada de seis semanas. Os aneurismas infecciosos são complicações associadas a alta mortalidade (90% com tratamento conservador) e morbidade, sendo um grande desafio terapêutico. O tratamento de eleição consiste em antibioticoterapia guiada por teste de sensibilidade associada a desbridamento cirúrgico do tecido infectado com reconstrução vascular. A abordagem cirúrgica é de crucial importância para o sucesso terapêutico. Com intervenção cirúrgica, a letalidade é de cerca de 50%. Apesar de raros, os aneurismas infecciosos devem ser lembrados como diagnóstico diferencial de vasculites de grandes vasos.

Palavras-chave

Aneurisma micótico, Pneumococo, Ceftriaxona, Aorta abdominal, Streptococcus pneumoniae.

Conflitos de interesse

: Não houve conflitos de interesse. Não há quaisquer relações financeiras e pessoais com outras pessoas ou organizações que possam influenciar indevidamente o seu trabalho.

Ética e financiamentos

Não houve conflito de interesse. Não há quaisquer relações financeiras e pessoais com outras pessoas ou organizações que possam influenciar indevidamente o seu trabalho.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools