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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-195
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MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS ASSOCIADAS AO USO DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL EM GESTANTES INFECTADAS PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA SEGUIDAS NO CAISM DE 2016 A 2020
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Renata Berlinger Saraiva, Dafny Soares Leitão, Adriane Maria Delicio, Helaine Milanez
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

A terapia antirretroviral (TARV) na gestação mudou muito nas últimas décadas, focando segurança materna e fetal e redução da transmissão vertical (TV). Vários trabalhos estão buscando avaliar seu potencial de teratogenicidade.

Objetivo

Avaliar ocorrência de malformações fetais decorrentes da TARV em uma coorte de gestantes HIV positivas acompanhadas no Serviço de Obstetrícia do CAISM/UNICAMP entre 2016 e 2020.

Método

Estudo observacional de coorte retrospectivo. Os dados foram retirados dos prontuários das pacientes e de seus respectivos recém-nascidos. Foi feita uma análise descritiva das características sociodemográficas, pré-natal, tipo de TARV, ocorrência de malformações fetais e possível interferência da TARV.

Resultados

Casuística de 147 pares mãe-filho, com 152 recém-nascidos. Iniciaram TARV pela primeira vez na gravidez 28% das pacientes. Engravidaram em uso de TARV 56% das mulheres. O uso de TARV durante a gravidez aconteceu em todos os casos, mas 78% dos casos possuíam boa adesão. Apresentaram pelo menos uma infecção no decorrer da gravidez 120 gestantes e em 107 houve alguma complicação. 79% das gestantes realizaram o Pré-Natal no CAISM e 20% em outro local. A carga viral no último exame antes do parto foi indetectável em 81% dos casos e o tempo médio de exposição à TARV durante a gravidez foi de 30 semanas. Dentre os recém-nascidos, 22% nasceram prematuros, 18% eram pequenos para a idade gestacional, 18% apresentaram patologia neonatal, 17% malformação congênita e 1% foi a óbito. Foram observadas 25 malformações: 7 neurológicas (microcefalia, macrocrania, hidrocefalia), 2 osteoarticulares (artrogripose de membros superiores, pé torto congênito), 3 cardiovasculares (comunicação interventricular), 2 gastrointestinais (atresia de esôfago, ânus imperfurado), 11 malformações menores.

Conclusão

Não foi encontrada uma associação entre uso de determinado esquema de TARV e seu tempo exposição com malformações congênitas. Não foi encontrada a presença de infecções congênitas como fator associado. A TARV durante o período gestacional importância com grande efeito protetor em relação à transmissão vertical.

Ag. Financiadora

CNPQ - PIBIC Unicamp.

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