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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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JELEÍNA-I COMO ESTRATÉGIA ANTIMICROBIANA NO TRATAMENTO DE INFECÇÕES POR ACINETOBACTER BAUMANNII COM DIFERENTES FENÓTIPOS DE RESISTÊNCIA
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Adrielle Pieve de Castroa,
Corresponding author
adriellepieve@hotmail.com

Corresponding author.
, Julio Cesar Moreira Britob, Daniela Carolina Simiãoa, Simone Odília Antunesa, Valbert Nascimento Cardosoa
a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil
b Fundação Ezequiel Dias (FUNED), Belo Horizonte, MG, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

As infecções bacterianas emergentes representam uma séria ameaça para a saúde humana. Neste cenário, Acinetobacter baumannii torna-se uma preocupação particular devido aos seus fenótipos de resistência antimicrobiana, especialmente aos carbapenêmicos. Soma-se a isso a estagnação no desenvolvimento de antimicrobianos eficientes, evidenciando a necessidade da busca por novas estratégias terapêuticas. Neste contexto, peptídeos antimicrobianos apresentam-se como uma classe promissora. Jeleína-I é um peptídeo identificado a partir da geleia real da abelha Apis mellifera que tem demonstrado uma importante atividade antibacteriana em microrganismos diversos. Esse estudo teve como objetivo caracterizar a atividade antimicrobiana do Jeleína-I contra isolados clínicos de A. baumannii.

Métodos

Foram incluídos no trabalho 23 isolados clínicos de A. baumannii identificados pelo método automatizado (Vitek®, bioMerieux, França) e pela caracterização por MALDI-TOF (MALDI Biotepy, Bruker, Alemanha), resistentes aos carbapenêmicos (CRAB) e com resistência extensiva aos antimicrobianos (XDR). A atividade antimicrobiana do Jeleína-I foi avaliada através da determinação das concentrações inibitórias mínimas (CIM) pelo método de microdiluição em caldo e bactericidas mínimas (CBM) pelo método em ágar. Além disso, foi avaliado o potencial efeito sinérgico e re-sensibilizador de Jeleína- I com antimicrobianos convencionais e em biofilmes. O peptídeo também foi avaliado em relação à sua atividade hemolítica.

Resultados

Jeleína-I apresentou uma considerável e rápida (03h) atividade bactericida contra isolados clínicos CRAB, apresentando CIM e CBM nas faixas de 8-32 µg/mL e 8-64 µg/mL respectivamente.Também demonstrou agir sinergicamente com meropenem, ciprofloxacina e amicacina e re-sensibilizar os isolados de A. baumannii aos efeitos de meropenem e colistina, com a redução da CIM desses antimicrobianos em oito vezes em comparação às células não expostas. Na faixa de concentração testada (8-64 µg/mL) o jeleína-I reduziu significativamente os biofilmes maduros de A. baumannii (XDR) e demonstrou papel importante na lise das células deste microrganismo. Além disso, o peptídeo não demonstrou atividade hemolítica importante.

Conclusão

Os resultados destacam o potencial do Jeleína-I como protótipo para o desenvolvimento de novos agentes antibacterianos contra isolados de A. baumannii com diferentes fenótipos de resistência.

Palavras-chave:
Infecções por Acinetobacter antimicrobianos peptídeos antimicrobianos
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