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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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INTERVENÇÃO COM VETORES GENETICAMENTE MODIFICADOS: IMPACTO NA DISSEMINAÇÃO DE DENGUE EM UM MUNICÍPIO PAULISTA
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Verônica Silva Furlania,
Corresponding author
veronicasilvafurlani@gmail.com

Corresponding author.
, Bianca Missio Morganb, João Paulo Galvão Nascimentoc, Isabelly Costa de Limaa,d, Maria Fernanda Campelo Apolonise, Jean Rodrigo Santosa, Márcio Fabrício Falcão de Paula Filhoc, Emerson Carraroa
a Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Guarapuava PR, Brasil
b Universidad Sudamericana, Paraguai
c Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), Petrolina, PE, Brasil
d Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Recife, PE, Brasil
e Universidade Salvador (UNIFACS), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/objetivo

Arboviroses são enfermidades cujo vetor Aedes aegypti contribui nas epidemias emergentes de dengue, otmailsto e zika vírus. A dengue é sazonal, com pico nos meses de outubro a maio, sendo estratégia epidemiológica o controle do vetor. Dentre os planos, tem-se praticado a soltura de mosquitos geneticamente modificados como combate vetorial. Assim, esse estudo avaliou a incidência de casos de dengue antes e depois da primeira intervenção com mosquitos Aedes aegypti transgênicos OX513A no município de Piracicaba, São Paulo, Brasil.

Métodos

Estudo ecológico com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde e Sistema de Informação de Agravos de Notificação, em Piracicaba, no sexênio de 2012 a 2018, com mediana na soltura do vetor transgênico em abril de 2015. Incluíram-se ambos os sexos, de todas as idades e critério de confirmação o diagnóstico de dengue por exames laboratoriais ou clínico-epidemiológico. Informações foram tabuladas e submetidas ao teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade. Dados não paramétricos foram analisados com o teste de Friedman, já os paramétricos utilizaram ANOVA de medidas repetidas seguida por post hoc de Tukey. Análises estatísticas utilizaram o software Jamovi versão 2.2.5.

Resultados

No período, foram notificados 12.858 casos. A análise revelou que 74,8% deles ocorreram antes do mosquito transgênico e, após, 3.234 foram registrados, exibindo uma distribuição não normal, apontada pelo teste de Shapiro-Wilk (p < 0,005). O teste de Friedman apresentou valor de p = 0,05, evidenciando diferenças entre os casos de dengue antes e depois da intervenção. Relativo aos dados associados ao sexo e critério de confirmação, não houve diferença nos seletores. Todavia, o teste de Tukey revelou que os números de casos foram maiores na faixa etária de 20 a 59 anos em comparação com as demais (p < 0,05).

Conclusão

Consoante à análise, os casos de dengue reduziram após abril de 2015. Ademais, a relação da faixa etária mais afetada corrobora com a análise literária de que são as mais ativas socialmente. Outrossim, a não correlação entre sexo e idade infere que a dengue não possui perfis de infecção, mesmo com medidas de combate, todos estão expostos. Em síntese, a intervenção contribuiu para a redução de casos, todavia seriam necessários mais estudos para atribuir sua eficácia. Logo, há lacunas para futuras investigações do desempenho isolado de mosquitos transgênicos.

Palavras-chave:
arbovirose dengue organismos transgênicos
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