A tuberculose (TB) é reconhecida como uma doença infecciosa, granulomatosa, de incidência global, causada pelos bacilos do complexo Mycobacterium tuberculosis e que acomete mais frequentemente o pulmão, porém, pode cursar com manifestações extrapulmonares. A TB representa uma doença de difícil erradicação e está intimamente ligada às condições sociais de determinadas populações, sendo que as áreas onde há as maiores incidências de TB estão associadas a indicativos de vulnerabilidade social: alta prevalência de coinfecção por HIV, encarceramento, superlotação, desemprego e imigração. Sabe-se que determinantes sociais e os meios pelos quais a estratificação social é mantida e agravada impactam diretamente na vulnerabilidade das populações, contudo, o entendimento sobre como tais aspectos sociais influenciam na suscetibilidade a doença e no tratamento da tuberculose no Brasil e no mundo ainda é escasso.
ObjetivoEsta revisão narrativa tem como objetivo recorrer a evidências científicas nacionais e mundiais para elucidar o papel dos aspectos sociais na suscetibilidade a doença e na efetividade do tratamento da tuberculose.
MétodoA revisão foi realizada em bancos de dados nacionais e internacionais, buscando por artigos que abordassem os conhecimentos técnico-científicos e os determinantes sociais da TB.
ResultadosVerificou-se que os aspectos sociais podem influenciar em diversas etapas da assistência à TB, sendo que populações em vulnerabilidade social estão mais suscetíveis à doença, tem diagnóstico atrasado e menor adesão ao tratamento.
ConclusãoNesse sentido, a busca por melhorias sociais e educacionais no Brasil mostram-se importantes para o controle dos índices epidemiológicos, visto que esses fatores determinam as populações mais vulneráveis à doença.