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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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INFECÇÃO POR AEROMONAS HYDROPHYLA- RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
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Marli Sasaki, Durval Alex Gomes Costa, Carla B. Veronezi Macedo, Luisa Akie Y. Reyes, Camila Cesarini Badenas, Samylla Costa de Moura, Rafael Corrêa Barros, Aline Galindo Dantas, Daniel Litardi Pereira, Augusto Yamaguti
Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

O direcionamento de critérios epidemiológicos e fatores de risco do paciente com infecção de pele/choque séptico pode ser um fator decisivo na avaliação do infectologista

Objetivo

Relatar caso de paciente de 75 anos, masculino, com choque séptico/bacteremia e celulite de difícil tratamento por Aeromonas hydrophyla.

Método

Descrição do caso: Internado após 6 dias de ferimento corto contuso em antebraço direito ocorrido na praia. Apesar do tratamento inicial com ceftriaxona e clindamicina, evoluiu com broncoespasmo, choque séptico e insuficiência renal com necessidade de diálise. Ampliado tratamento para cefepima e vancomicina. Hemoculturas evidenciaram Aeromonas hydrophila, sensível a cefepima, ciprofloxacina e sulfametoxazol-trimetoprim. Foi suspensa vancomicina e mantida cefepima por 13 dias e ciprofloxacina para completar tratamento. É imunossuprimido por artrite reumatoide (em uso de metotrexate, prednisona, hidroxicloroquina e etanercept), além de DPOC (ex tabagista).

Resultados

Aeromonas Hydrophyla é bactéria gram negativa presente no solo e em ambientes de água doce/salgada, alimentos (peixes, frutos do mar e carnes vermelhas), podendo ser transmitida também através de feridas abertas. Pode causar gastroenterite, meningite, sepse, infecções de partes moles graves e morte através da liberação de enterotoxinas citotóxicas capazes de causar hemólise, vasta destruição dos tecidos após penetração cutânea. Não há estatísticas no Brasil de sua frequência, sendo supostamente subdiagnosticada e subnotificada. Está incluída na lista de contaminantes importantes para a Saúde Pública por ser patógeno emergente e devido seu potencial de crescimento nos sistemas de distribuição de água, podendo ser resistente à cloração. A gastroenterite por este agente pode ocorrer em qualquer pessoa, mas em imunossuprimidos ou em sepse são suscetíveis à infecções mais graves. O diagnóstico se dá por meio de cultura de fezes ou sangue e o tratamento envolve antibióticos e hidratação. A notificação de surtos deve ser feita à vigilância epidemiológica municipal, regional ou central para investigação das fontes comuns e o controle da transmissão através de medidas preventivas.

Conclusão

Em pacientes imunossuprimidos a avaliação de agentes incomuns relacionando à epidemiologia é fundamental para o sucesso do tratamento, assim como coleta de culturas antes de iniciar a antibioticoterapia.

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