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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 108
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INCIDÊNCIA DO DIAGNÓSTICO DE AIDS AO LONGO DE 20 ANOS NO BRASIL E RELAÇÃO COM ESCOLARIDADE
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Giovanna Martines, Carolina Curcio Sessegolo, Paulo Orlando Alves Monteiro
Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, RS, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução/Objetivo

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), atingindo mais grupos de vulnerabilidade da escolar. O objetivo do trabalho é a descrição de incidência de casos diagnosticados de AIDS segundo o grau de escolaridade e sua evolução temporal.

Metodologia

Estudo da frequência de Diagnóstico de AIDS no Brasil, utilizando para a pesquisa dados da plataforma DATASUS-TABNET, de 2001 a 2020. Na subcategoria escolaridade, foram divididos em analfabetos, 1ª a 4ª série incompleta, 4ª série completa, 5ª a 8ª série incompleta, fundamental completo, médio incompleto, médio completo, superior incompleto e superior completo. E, para fins de análise, foram agrupados e considerados os 6 primeiros como uma categoria de menor escolaridade e os 3 últimos como maior escolaridade.

Resultados

O grupo de maior escolaridade teve um aumento de 2,6 vezes no diagnóstico de AIDS entre 2001 e 2020. O crescimento foi mais acelerado entre os anos de 2001 e 2010, mas com padrão decrescente entre os anos de 2015 e 2020, com queda de 30% comparado ao período anterior. Já no grupo de menor escolaridade, houve uma diminuição de diagnósticos de 55,80% entre 2001 e 2010, com a queda mais acelerada entre 2011 e 2020. Apesar dos padrões divergentes entre os grupos, o de menor escolaridade possui em números absolutos maior prevalência de diagnóstico de AIDS durante todos os anos analisados, com um total de 27.0304 em relação à 85.732 do grupo de maior escolaridade.

Conclusão

Frente aos dados disponíveis pelo DATASUS-TABNET, a baixa escolaridade como um fator negativo nas condições de saúde é aplicável ao diagnóstico de AIDS, observando os números absolutos dos dois grupos. No entanto, a comparação entre eles evidenciou um padrão negativo para o de maior escolaridade visto no aumento do número de diagnósticos frente à diminuição do outro grupo. Tal achado foi condizente com os dados de 2008 do Grupo de Incentivo à Vida, o qual apontou crescimento do diagnóstico de AIDS entre os mais escolarizados no estado de São Paulo. Devido ao baixo número de estudos sobre o tema, há necessidade de análises posteriores para se estabelecer uma relação de causa e consequência, e corroborar dentro da realidade no Brasil.

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