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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 060
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IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NAS INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
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Lucas Fereira Bento, Dayana Souza Fram, Diogo Boldim Ferreira, Josni Tauffer, Daniela Vieira da Silva Escudero, Luciana de Oliveira Matias, Eduardo Alexandrino Servolo Medeiros
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Introdução

As infecções da corrente sanguínea (ICS) estão entre as infecções mais graves adquiridas por pacientes hospitalizados que necessitam de tratamentos intensivos (UTIs). Atualmente, estamos vivendo uma pandemia de COVID-19 e o Hospital São Paulo - Unifesp é um importante centro de tratamento para estes pacientes.

Objetivos

Analisar o impacto das ICS em pacientes internados em UTIs de um hospital universitário; identificar quais são os padrões de prescrição médica empírica de antibióticos em ICS e quais são os fatores para letalidade nos pacientes observados; avaliar o impacto das ICS primárias em pacientes com diagnóstico de COVID-19.

Casuística e métodos

Estudo tipo coorte, com o período de 01/2020 a 12/2020. Local: UTIs do Hospital Universitário HSP-Unifesp (120 leitos). Os dados foram coletados por vigilância prospectiva de pacientes com ICS pelo prontuário eletrônico com o apoio da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HSP-Unifesp. O acompanhamento dos casos foi realizado até 30 dias após o resultado positivo no exame de hemocultura para definição dos desfechos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa - Plataforma Brasil sob o número CAAE: 12251219.2.0000.5505.

Resultados

Foram 112 casos de ICS em 105 pacientes. Destes, 46 pacientes eram COVID-19 positivos e 59 não tinham infecção por COVID-19 (56,2%). Pacientes COVID-19 positivos apresentaram densidade de incidência de ICS de 9,82 casos ICS/1000 pacientes UTI-dia; e não COVID-19 de 4,97 casos ICS/1000 pacientes UTI-dia; p < 0,001, OR = 1,98 (1,36-2,88)). Ambos os grupos apresentaram alta mortalidade (71,74% COIVD-19 e de 60,01% sem COVID; p = 0,251). O estudo dos pacientes com ICS, em relação com seus desfechos, independente do COVID-19, mostrou que maiores índices no score APACHE II, aplicado nas primeiras 48 horas da admissão, tiveram menor sobrevida (média 17,74 pontos no grupo com óbito e 11,47 pontos no grupo com alta; p < 0,001, OR = 0,84 (0,78-0,91)). A vigência de um tratamento empírico correto à ICS apresentou maior sobrevida (33,33% no grupo alta e 10,14% com óbito; p = 0,003; OR = 4,42 (1,55-12,58)).

Conclusão

O estudo mostrou elevada mortalidade geral associada às ICS. Índices mais elevados no score APACHE II estavam relacionados à maior mortalidade. A vigência de uma terapia empírica adequada esteve relacionada à maior sobrevida. Observamos que a infecção pelo SARS-CoV-2 é uma variável de maior risco de ICS com elevada morbimortalidade.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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