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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NA INFECÇÃO POR CLOSTRIDIOIDES DIFFICILE EM HOSPITAIS BRASILEIROS
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Luiza Arcas Gonçalvese,
Corresponding author
luiza.arcas@hc.fm.usp.br

Corresponding author.
, Ivan Lira dos Santosg, Júlia Herkenhoff Carijóa, Claudia Maria Dantas de Maio Carrilhoh, Brunno César Batista Cocentinob, Marsileni Pelissonh, Luciana Neves Passosd, Glaucia Fernanda Varkuljac, Ana Paula Matos Portoi, Antônio Brazil Viana Júniori, Thaís Guimarãese,f, Silvia Figueiredo Costae
a Hospital Glória D'Or, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Hospital Paulistano, São Paulo, SP, Brasil
c Hospital Santa Catarina, Brasil
d Hospital Unimed Vitória, Vitória, ES, Brasil
e Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
f Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), São Paulo, SP, Brasil
g Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, SP, Brasil
h Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
i Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

A infecção por Clostridioides Difficile (CDI) constitui-se como uma das principais infecções associadas à assistência à saúde. No contexto da crise sanitária da COVID-19, foi observado aumento na incidência de IRAS, entretanto, o comportamento da incidência de CDI permanece controverso. O presente trabalho objetiva avaliar o impacto da pandemia da COVID-19 na densidade de incidência de CDI, na adesão da higienização das mãos e no consumo de antimicrobianos em hospitais brasileiros.

Métodos

Foi realizado um estudo ecológico com dados de densidade de incidência de CDI, taxa de adequação de higienização de mãos e consumo de antimicrobianos (azitromicina, clindamicina, vancomicina, piperacilina-tazobactam, meropenem, levofloxacina e ceftriaxona) de 7 hospitais brasileiros, do período de junho de 2018 a dezembro de 2019 (pré pandemia) e junho de 2020 a dezembro de 2021 (pandemia). Os hospitais participantes eram de 4 diferentes estados (Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná), três deles públicos e quatro privados. Foi realizada comparação dos dois períodos do estudo, utilizando o teste U de Mann-Whitney por meio do programa R versão 4.1.0, tendo sido considerado o valor de p<0.05 como estatisticamente significante. Também foi realizada série temporal da densidade de incidência de CDI e consumo de antimicrobianos (DDD), com aplicação de regressão de Joinpoint, sendo considerado intervalo de confiança de 95%.

Resultados

Não foi observada diferença estatística de incidência de CDI nos dois períodos (1,40 [0,00‒2,71] pré pandemia e 1,74 [0,00‒3,05] na pandemia; p=0,20). Na pandemia, a regressão de Joinpoint não apresentou ponto de inflexão, entretanto, houve aumento percentual médio de 4% (p=0,081). A proporção da higienização da higiene das mãos também não foi diferente (p=0,084). Por outro lado, houve aumento do consumo de azitromicina (p<0,01) e levofloxacina (p<0,01) e redução de ceftriaxona (p=0,003) no período da pandemia em comparação ao anterior, sem diferença nos demais. Em série histórica da pandemia, houve aumento do consumo de meropenem e vancomicina entre dezembro de 2020 e abril de 2021.

Conclusão

Ao longo da evolução da COVID-19, a interação entre medidas de proteção e risco como aumento de consumo de antibiótico podem ter influenciado de formas distintas o controle da CDI, sem aumento significativo da incidência em relação ao período anterior, porém, com tendência de aumento ao longo de 2020 e 2021.

Palavras-chave:
Clostridioides difficile
COVID-19
IRAS
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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