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Vol. 28. Issue S3.
IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro
(November 2024)
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IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro
(November 2024)
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IMPACTO DA PANDEMIA DA COVID-19 NA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE CEPAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADAS DE HEMOCULTURA
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Barbara Barreto Corrêaa, Giovanna Groult da Silvaa, Caroline Conceição Araújob, Douglas Guedes Ferreirac, Raiane Cardoso Chamond
a Programa de Pós-Graduação em Patologia, Faculdade de Medicina, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil
b Curso de Graduação em Biomedicina, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil
c Laboratório de Microbiologia, Hospital Universitário Antônio Pedro, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil
d Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil
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IX Congresso de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro

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Introdução/objetivos

Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) são frequentemente isolados de amostras de hemocultura, associados à infecção de corrente sanguínea. A ocorrência da pandemia da COVID-19 acarretou um aumento do uso de antibióticos, o que pode ter impactado na seleção de amostras multidroga resistentes. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar de forma retrospectiva amostras de S. aureus isoladas de hemoculturas de indivíduos admitidos em um Hospital Universitário (HU) do Rio de Janeiro, durante um período de nove anos (2014 – 2022).

Materiais e métodos

Os resultados do perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos das amostras identificadas foram analisados (PhoenixBDTM; BD Diagnostic Systems, Sparks, MD), sendo incluída apenas uma amostra por paciente. Resultados: Foram identificadas 330 amostras de S. aureus, dentre as quais, 153 MRSA (46,4%). Houve um aumento significativo (p-valor < 0,05) no isolamento de cepas MRSA a partir do ano de 2020 (62,2%), mantendo altas taxas de isolamento nos anos subsequentes (50,9%). Também se observou um aumento da resistência à eritromicina e gentamicina (p-valor < 0,005), associado a cepas MRSA (p-valor < 0,005). Entretanto, o aumento da resistência à gentamicina também foi observado para cepas sensíveis à meticilina (MSSA) (p-valor < 0,005). Cerca de 9% das amostras apresentaram concentração mínima inibitória (CMI) > 1,5 mg/L para vancomicina. Identificamos uma amostra resistente à daptomicina (isolada em 2019), duas resistentes à tigeciclina (2020 e 2021), três resistentes à linezolida (2017, 2020 e 2021) e seis resistentes à teicoplanina (2020, 2021 e 2022). Oito amostras MRSA sensíveis dose-dependente (I) à ceftarolina foram isoladas em 2020 (duas), 2021 (duas) e 2022 (quatro). Conclusões: A vigilância constante do isolamento de cepas de S. aureus, em especial MRSA, de amostras de hemocultura se faz necessária, em especial no contexto pós-pandemia, com o uso alarmante de antimicrobianos. O aumento do isolamento de amostras MRSA, assim como da resistência à eritromicina e gentamicina entre amostras isoladas no período da pandemia ressalta a importância do controle epidemiológico e microbiológico dessas infecções, além de sugerir que o uso exacerbado de macrolídeos pode ter contribuído para a seleção de cepas resistentes.

Palavras-chave

Staphylococcus aureus, Hemocultura, MRSA, COVID-19, Resistência antimicrobiana.

Conflitos de interesse

Não há conflitos de interesse.

Ética e financiamentos

Declarações de interesse: nenhum

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