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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 210
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IMPACTO DA DURAÇÃO DA PROFILAXIA ANTIBIÓTICA PERIOPERATÓRIA NO DESENVOLVIMENTO DE INFECÇÃO RELACIONADA À FRATURA (FRI)
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Stefânia Bazanelli Prebianchi, Eduardo Cezar Santos, Paula Caroline Werlang Custodio, Carolina Coelho Cunha, Rodrigo Correa Pinheiro, Gabrielle Picanço Rilhas, Adriana Macedo Dell'aquilla, Fernando Baldy dos Reis, Mauro José Salles, Carlos Augusto Finelli
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

Apesar dos avanços no manejo de fraturas ortopédicas e das técnicas cirúrgicas de osteossíntese, as taxas de infecções relacionadas à fraturas (IRF) permanecem elevadas. A profilaxia antibiótica é uma estratégia importante para minimização dos riscos, porém não há definição do esquema ideal e sua duração exata. O objetivo deste estudo foi avaliar se a duração da profilaxia antibiótica superior a 48 horas após as correções de fraturas fechadas e expostas com osteossínteses está correlacionada com uma diminuição das taxas de infecções.

Métodos

Estudo de coorte prospectivo e unicêntrico, com pacientes submetidos a tratamento de correção cirúrgica (placa e parafuso, haste intramedular, fio de Kirschner)das fraturas fechadas e expostas, de Dezembro 2019 a Fevereiro 2021. As variáveis foram obtidas através de acompanhamento clínico, prontuário eletrônico e exames laboratoriais. Realizou-se cultura de tecidos ósseos/moles profundos coletados em procedimento cirúrgico de acordo com os padrões do CLSI e BR-CAST. A análise estatística foi feita com o software IBM SPSS Statistics 20.

Resultados

132 pacientes com fratura ortopédica com necessidade de síntese cirúrgica, idade média de 50,4 anos; 75% (99) do sexo masculino. 27,3% (36) apresentaram fraturas expostas,69,4% (25) do tipo III de Gustilo-Anderson. Todos os pacientes realizaram a profilaxia antibiótica, 79,5% (104) com um antibiótico e 20,5% (28) com terapia combinada. Cefazolina foi feita em 94,7% (124) dos casos. Houve diferença estatisticamente significante com menor número de casos de IRF naqueles que receberam profilaxia antibiótica por até 48 horas, comparado com àqueles que receberam tempo maior de antibiótico (p = 0,007). Dos 21 pacientes que evoluíram com IRF, 66,7% (14) receberam profilaxia antibiótica além de 48h e 33,7% (7) por tempo inferior ou igual a 48h. O resultado da análise multivariada demonstrou que a razão de prevalência (RP) de IFR é 4 vezes maior nos pacientes que receberam profilaxia antibiótica acima de 48 horas (RP: 4,0; IC95% 1,5:11; p = 0,007)A bactéria mais encontrada foi a Klebsiella pneumoniae(5; 27,8%) e no total, 33,3% dos pacientes (7) apresentaram infecção por microrganismos multirresistentes, 57,1% (4) no grupo com profilaxia além de 48h.

Conclusão

Nosso estudo não observou evidências que justifiquem o uso de terapia antibiótica por tempo superior a 48 horas nas fraturas ortopédicas pois não houve correlação com diminuição do número de IRF.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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