Journal Information
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-164
Open Access
HESITAÇÃO À VACINA DA COVID-19: CORRESPONDÊNCIA ENTRE RESPOSTAS DE UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO E POSTAGENS EM MÍDIA SOCIAL
Visits
1317
Sofia Natália Ferreira-Silva, Maria Eduarda Muniz Soares, Ricardo Vasconcelos, Carolina Barbieri, Camila Carvalho Matos, Luiz Fujita Júnior, Tainah Medeiros Matos, Marcia Couto, Vivian I. Avelino-Silva
Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE), São Paulo, SP, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S2
More info
Introdução

A hesitação a vacinas é um problema crescente que contribui com a redução das coberturas vacinais no Brasil e no mundo. Estudos sugerem que informações veiculadas em mídias sociais podem influenciar as opiniões sobre a adesão à vacinação.

Objetivo

Utilizamos metodologia mista para explorar a correspondência entre motivos para hesitação à vacina da COVID-19 reportados no Estudo DEBRA e conteúdos de postagens do Twitter, conforme categorias temáticas.

Método

O Estudo DEBRA coletou informações demográficas, dados sobre intenção de vacinação e atitudes/crenças em relação a vacinas no Brasil, utilizando um questionário de autopreenchimento. Convidamos participantes hesitantes à vacina da COVID-19 a responder em campo aberto sobre suas motivações. Classificamos as respostas em categorias temáticas, e analisamos sua correspondência com postagens do Twitter a fim de explorar relações de sentido entre conteúdos da mídia social e opiniões dos participantes. Postagens do Twitter foram buscadas a partir de palavras-chave ou termos associados (hashtag) a hesitação vacinal, até saturação do tema, identificando o tipo do usuário (nominal/não nominal), gênero (quando possível) e alcance (número de likes/retweets).

Resultados

A maioria das respostas abertas de participantes do estudo DEBRA hesitantes à vacina da COVID-19 foi emitida por homens (11/14). Identificamos cinco categorias temáticas: individualidade; medo de eventos adversos/desconfiança; questões políticas/aversão a determinações do Estado; dúvidas sobre eficácia/naturalismo. Observamos íntima correspondência entre as opiniões dos participantes e os conteúdos de hesitação à vacina da COVID-19 no Twitter. Manifestações do Twitter tiveram perfil predominantemente feminino, à exceção das categorias ‘questões políticas/aversão a determinações do Estado’ (homens 55,8%) e ‘dúvidas sobre eficácia/naturalismo’ (homens 100%). Todas as categorias apresentaram perfil majoritariamente nominal. As categorias com maior alcance foram ‘individualidade’ e ‘medo de eventos adversos/desconfiança’, com média de likes de 1873,3 e 1864,67 respectivamente, e média de retweets de 402,8 e 488,54 respectivamente.

Conclusão

Informações e desinformações veiculadas em mídias sociais abrangem uma vasta diversidade de temas e possuem correspondência com motivações para a hesitação à vacina da COVID-19 relatadas em um estudo epidemiológico. Mídias sociais podem influenciar diferentes desfechos em saúde de forma positiva ou negativa.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools