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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 106
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HEPATITE B E SEUS DESAFIOS: REATIVAÇÃO APÓS COVID-19 E USO DE CORTICOIDE EM PACIENTE DIALÍTICA
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Moara Alves Santa Bárbara Borgesa, Adriana Oliveira Guilardeb
a Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
b Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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A reativação do vírus da hepatite B (VHB) pode ocorrer em pacientes com perfil sorológico atípico, incluindo aqueles anti-HBsAg+. Imunossupressões, seja por neoplasia, transplante, quimioterapia, uso de imunobiológicos ou corticoterapia prolongada são fatores de risco relevantes. Sugere-se que em doença renal crônica (DRC), níveis adequados de AntiHBsAg sejam > 100mUi/mL. Feminino, 72 anos, portadora de múltiplas comorbidades: hipertensão arterial, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), DRC e lúpus eritematoso sem atividade. Em 07/2020 foi internada em unidade de terapia intensiva por descompensação de DPOC e diagnóstico confirmado de COVID-19, tendo feito uso de corticoterapia prolongada e antibioticoterapia de amplo espectro. Evoluiu com necessidade de terapia renal substitutiva (TRS). Em 10/2020, exames sorológicos de triagem da TRS demonstravam HIV, Anti-HCV e sífilis não reagentes (NR) e infecção prévia pelo VHB com soroconversão (HBsAg NR, AntiHBc IgG reagente (R), AntiHBc IgM NR, AntiHBsAg R [94 mUI/mL]), TGO 61 UI/mL, TGP 46 UI/mL. Durante acompanhamento, necessitou internações recorrentes por DPOC descompensado, pneumonia e infecção de corrente sanguínea relacionada a acesso vascular. Neste período, fez uso de múltiplos antimicrobianos, corticoide inalatório + broncodilatador continuamente e foi exposta a altas doses de hidrocortisona nas crises. Em 03/2021, após elevação de TGP (203), foi identificada reativação da Hepatite B, com a repositivação dos seguintes marcadores: HBsAg R (595, NR < 0,9), AntiHBc IgM R (39, VR < 0,9), HBeAG (1.464, NR < 0,9), AntiHbeAg NR (54, NR >1) e AntiHBs R (73). Os marcadores foram confirmados pelo laboratório de referência e o PCR DNA VHB foi 1.676.917 mUI/mL. Pela gravidade esperada para casos de reativação, a elevação de TGP e a DRC, foi optado por iniciar tratamento imediato com Entecavir 0,5 mg 1x semana (Clearance < 10ml/min). A paciente teve múltiplas internações nos últimos 6 meses, com uso irregular do entecavir e aguarda resultado de nova carga viral do VHB para controle. Ainda é incerto se a COVID-19 pode auxiliar na reativação do VHB, porém, pelo uso de corticoterapia, especialmente em altas doses (off label), esta doença pode se tornar um fator de risco associado a este fenômeno. A vigilância de marcadores virais em pacientes em TRS deve ser intensificada, especialmente naqueles com outros fatores para imunossupressão, como o uso de corticoterapia prolongada, sepse e choque séptico.

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