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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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HANSENÍASE DIMORFA: UMA DERMATOSE SIMULADORA
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Marcos Davi Gomes De Sousaa,
Corresponding author
marcosdavi2006@yahoo.com.br

Corresponding author.
, Marianna Catharina Erthal Goveab, Yvone Taube Maranhob, Andressa Cavallero Paçob, Leonardo Lorac
a Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Liga Acadêmica de Hanseníase/ IST, Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
c Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay (IDPRDA), Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

A Hanseníase é uma dermatose infectocontagiosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, caracterizada por apresentar formas clínicas contrastantes, que dependem da interação do bacilo com a resposta imune do hospedeiro. Apesar de ter cura, ainda é um importante problema de saúde pública, persistindo de modo endêmico em muitos países, dentre eles o Brasil.

Descrição do caso

Masculino, 52 anos, sem comorbidades. Buscou atendimento por queixa de máculas rosadas em crescimento progressivo do lado direito do abdome com um ano de evolução. Tendo consultado previamente cinco ambulatórios por essa queixa e feito diversos tratamentos tópicos. Negava alergias ou uso de medicações. Relatava que familiares contraíram hanseníase e tuberculose no passado, sendo tratados adequadamente. Ao exame físico foram identificadas máculas eritematosas descamativas e pouco delimitadas, em hipocôndrio direito (3 cm x 3 cm), punho esquerdo (1 cm x 1 cm), cotovelo esquerdo (2 cm x 2 cm) e na região lombar com 3 lesões de (1 cm x 1 cm) sem alterações de sensibilidade. Já nas demais lesões presentes em calcanhar direito (3 cm x 2 cm) e em joelho esquerdo (4 cm x 3 cm) apresentaram alterações de sensibilidade tátil em ambas e térmica na última. A avaliação neurológica simplificada evidenciou espessamento de nervo ulnar bilateralmente, com preservação da força e sensibilidade em membros. O raspado intradérmico (baciloscopia) teve resultado negativo (0+), a biópsia cutânea constatou: Hanseníase Dimorfa com presença de BAAR (+/++++) pela coloração de Wade. Foi iniciada poliquimioterapia multibacilar (PQT-MB). Ao retorno após o primeiro mês do tratamento, houve involução da maioria das lesões.

Comentário

O diagnóstico precoce da hanseníase permanece um importante desafio de saúde pública, principalmente devido à heterogeneidade das suas manifestações clínicas. No estágio atual da endemia de hanseníase globalmente, uma boa avaliação clínica respaldada pela utilização de testes diagnósticos simples, rápidos, com alta sensibilidade e especificidade e baixo custo, é fundamental para o controle desta doença.

Palavras-chave:
Hanseníase Forma Dimorfa Poliquimioterapia Diagnóstico precoce
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