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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
ÁREA: COVID-19EP-158
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FREQUÊNCIA DE BACTEREMIAS E CANDIDEMIAS EM CASOS FATAIS DE COVID-19 EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DA BAHIA
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Geovanna Neri Gomes, Alana Coleta L. Pereira, Verônica de F.D. Rocha, Alessandra Carvalho Caldas
Instituto Couto Maia (ICOM), Salvador, BA, Brasil
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Introdução

A COVID-19 é causada pelo vírus SARS-CoV-2 e a possibilidade de coinfecção por bactérias e fungos pode ocorrer devido a diversos fatores como a destruição dos tecidos, liberação de citocinas e desregulação do sistema imune, mas também por características intrínsecas do indivíduo e suas comorbidades, podendo contribuir para o aumento da mortalidade e severidade dos casos.

Objetivo

Descrever a frequência de bacteremias e candidemias em pacientes com COVID-19 que evoluíram a óbito em um hospital especializado de infectologia de Salvador-Bahia, e caracterizar os principais microrganismos associados e perfil de sensibilidade.

Método

Trata-se de um estudo observacional retrospectivo de corte transversal, unicêntrico e descritivo realizado no Instituto Couto Maia. Foram incluídos pacientes com COVID-19 diagnosticados por RT-PCR que evoluíram a óbito no período de abril a dezembro de 2020, e apresentaram bacteremia e/ou candidemia até 14 dias antes do óbito. Foram considerados para o estudo pacientes cujas hemoculturas evidenciaram pelo menos um resultado positivo com Candida spp. ou bactérias, exceto para o grupo dos Staphylococcus coagulase negativa que deveriam ser detectados em pelo menos 2 coletas. Os dados foram armazenados em banco de dados no Excel e analisados no SPSS. A análise das variáveis foi descrita em frequência simples e proporção.

Resultados

Foram incluídos 206 pacientes e 16.5% (n = 34/206) apresentaram infecção de corrente sanguínea. Os agentes mais frequentes foram 26.4% Klebsiella pneumoniae, 17.6% Acinetobacter baumanii, 14.7% Candida spp, 14.7% Enteroccocus faecalis, 8.82% Burkholderia cepacia, 5.88% Pseudomonas aeruginosa, 2.94% Providencia spp, 2.94% Proteus spp e 2.94% Staphylococcus aureus. Todos os A. baumannii e 77% das K. pneumoniae apresentaram resistência aos carbapenêmicos. Sobre as K. pneumoniae, 66% apresentaram resistência a gentamicina e 33% a amicacina. Todos A. baumannii eram sensíveis a gentamicina. Todos E. faecalis apresentaram sensibilidade a vancomicina. Não foi detectado S. aureus resistente a oxacilina.

Conclusão

O aumento de infecções por gram negativos multirresistentes e Candida spp. durante a pandemia também foi evidenciado em outros estudos. É possível que a infecção por esses microorganismos tenham contribuído para os óbitos desses pacientes.

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