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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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FATORES DE RISCO PARA MORTALIDADE HOSPITALAR NA ENDOCARDITE INFECCIOSA
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Thatyane Veloso de Paula Amaral de Almeida
Corresponding author
thatyane.veloso@gmail.com

Corresponding author.
, Nícolas de Albuquerque Pereira Feijóo, Mariana Giorgi Barroso de Carvalho, Gustavo Campos Monteiro de Castro, Rafael Quaresma Garrido, Giovanna Ianini Ferraiuoli Barbosa, Wilma Félix Golebiovski, Bruno Zappa, Clara Weksler, Marcelo Goulart Correia, Cristiane da Cruz Lamas
Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução

A endocardite infecciosa (EI) está associada a complicações graves e alta mortalidade. A avaliação da mortalidade e fatores associados é importante para identificar fatores modificáveis e melhorar desfechos.

Objetivos

Avaliar os desfechos clínicos de pacientes com EI e determinar fatores associados a mortalidade hospitalar.

Materiais e Métodos

Estudo retrospectivo de centro único, incluindo pacientes com EI definitiva de acordo com os critérios de Duke modificados, de 2006-2023, usando ficha de coleta de dados padronizada. Foram avaliados comorbidades, apresentação clínica, microbiologia e desfechos durante a internação, e comparados os pacientes que foram a óbito aos que não foram. A análise estatística foi realizada com o software Jamovi e R; p < 0,05 foi considerado significativo.

Resultados

Foram incluídos 502 pacientes com EI (65,1% do sexo masculino, média de idade de 48,4 ± 17,2 anos) e 123 vieram a óbito, com uma mortalidade hospitalar de 24,9%. Cerca de 80% dos pacientes tinha EI esquerda. Tinham indicação cirúrgica 347; dos que operaram, a mortalidade foi 74/347 (21,3%); 68 tinham indicação cirúrgica e não operaram; destes, 39/68 morreram (mortalidade 57,4%); 51 não tiveram indicação cirúrgica e não operaram; destes, 9/51 morreram (mortalidade 17,6%). Na história pregressa, apresentavam insuficiência cardíaca congestiva (ICC) 50,4% dos que foram a óbito, vs 34,9% (p = 0,002), diabetes mellitus (DM) 23,2% vs 12,9% (p = 0,004) e insuficiência renal crônica (IRC) 37,6% vs 16,1% (p < 0,001). EI de prótese tardia ocorreu em 29,6% vs 16,5% (p = 0,001). Hemocultura positiva foi detectada em 75,2% dos que morreram vs 65,2%, (p = 0,039). Estreptococos do grupo viridans ocorreram em 12% dos que foram a óbito vs 21,6% (p = 0,018) e fungos em 7,2% vs 1,6% (p = 0,001). Dentre os que foram a óbito, a EI foi de aquisição nosocomial mais frequentemente (32,8% vs 23,3%, p = 0,035) e relacionada a assistência à saúde não-nosocomial (15,2% vs 8,1%; p = 0,021). Abscessos, insuficiência renal nova e necessidade de hemodiálise foram as complicações mais frequentes no grupo que foi a óbito, representando 21,8% vs 12,8% (p = 0,015), 47,9% vs 27,5% (p < 0,001) e 33,3% vs 11,7% (p < 0,001), respectivamente.

Conclusão

Os fatores associados à mortalidade hospitalar na EI foram comorbidades pregressas (ICC, DM e IRC), endocardite tardia de prótese, etiologia fúngica e associada a assistência à saúde O tratamento cirúrgico diminuiu significativamente o risco de morte.

Palavras-chave:
Endocardite infecciosa Mortalidade Fatores associados Comorbidades Cirurgia cardíaca
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