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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 245
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FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A MORTALIDADE EM PACIENTES IDOSOS COM SEPSE / CHOQUE SÉPTICO DE RIO DE JANEIRO
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Mayra Lopes Secundo Diasa, Julio Cesar Delgado Correalb, Camila Helena da Costaa, Rogerio Rufinoc, Marcos Fernando Fornasarib, Cassia Alburquerqueb, Maria de Lourdes Martinsd, Paulo Viera Damascoa
a Hospital, Universitário Gaffrée e Guinle, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Hospital Rede Casa Rio Laranjeiras, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
c Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
d Hospital Rede Casa Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução/Objetivo

Pacientes idosos (+65 anos) são admitidos em hospitais com sepse / choque séptico, e a taxa de mortalidade nesses casos é alta. Poucos estudos analisaram detalhadamente os fatores de risco associados a mortalidade por sepse dessa população no Brasil.

Métodos

Foram seleccionados pacientes com sepse/choque séptico atendidos em um hospital privado terciário de Rio de Janeiro desde outubro de 2017 a outubro de 2019. Além de analisar as suas causas de morte, os seguintes fatores foram comparados com os casos que apresentaram melhora clínica/cura: comorbidades, exame físico da admissão, parâmetros laboratoriais, escores de gravidade na admissão hospitalar, fonte de infecção, adesão aos protocolos da sepse institucional, e tempo de internação hospitalar. Foi realizada uma análise multivariada na identificação dos fatores de risco associados a mortalidade.

Resultados

No total foram analisados 346 pacientes sépticos e observada uma mortalidade alta nessa população (n = 138;39.8%). As comorbidades mais prevalentes foram hipertensão (65%), diabetes (27,5%), doença pulmonar obstrutiva crônica (11,3%), e hipotireoidismo (13,1%). As principais fontes de infecção foram pulmão (47,4%) e trato urinário (32,8%). Muitos pacientes foram admitidos em choque séptico (19,9%). Os escores da avaliação de insuficiência orgânica sequencial na admissão (SOFA) e de SOFA rápido (Quick-SOFA) foram 4,7 e 2,01, respectivamente. A adesão aos protocolos de sepse institucional foi de 83,3% e 73,1% nos pacotes de 3 horas e 6 horas, respectivamente. A mortalidade antes das primeiras 48 horas foi baixa (7,8%). Na análise multivariada por idade maior de 65 anos houve associação independente da mortalidade com a idade avançada (OR: 1.02;IC95%:1.009-1.04; p = 0.003), necessidade de hemodiálise (OR: 3.92; IC 95%: 0.93-16.4; p = 0.061), presença de choque séptico na admissão (OR:3.58; IC 95%:1.85-6.92; p < 0.05), escore elevado de SOFA (OR: 1.22;IC95%:1.12-1.33; p < 0.05). A ressuscitação volêmica inicial adequada com solução fisiológica 0.9% 30 ml/kg foi um fator protetor contra a mortalidade nesta população (OR: 0.35; IC 95%: 0.21-0.6; p < 0.05).

Conclusão

Em pacientes idosos com sepse/choque séptico, a idade avançada, presença de choque séptico na admissão hospitalar, insuficiência renal aguda requerendo hemodiálise, escore SOFA elevado e falta de reanimação volêmica adequada foram fatores de risco associados à mortalidade intra-hospitalar.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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