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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-162
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EVOLUÇÃO CLÍNICA E EPIDEMIOLÓGICA DE GESTANTES HOSPITALIZADAS COM COVID-19 EM SALVADOR (BA)
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Ricardo Sampaio Hein da Silva, Isadora Cristina de Siqueira, Lorena Cunha Martins, Géssica Almeida Vasconcelos, Danielle Palma Silva Barreto, Patricia Santos de Oliveira, Fernanda Ferreira Suassuna, Kevan Michal Akrami, Aline Lopes dos Santos, Juan Ignacio Calcagno
Maternidade José Maria de Magalhães Netto, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

A pandemia de COVID-19 atingiu quase 30 milhões de casos no Brasil, com uma taxa de letalidade próxima a 2.8%. No quesito saúde das gestantes, o país atesta um marco ainda maior no óbito dessas pacientes, taxando-se em 9%. O presente estudo, em consonância com uma das maiores preocupações atuais no Brasil, está sendo feito com o intuito de atualizar e explorar a situação do citado grupo populacional quando se trata da contaminação e infecção pelo Sars-CoV-2.

Objetivo

Caracterizar clinicamente os casos de infecção por Sars-CoV-2 em gestantes e analisar os desfechos hospitalares nessa população.

Método

Estudo longitudinal observacional, realizado de 05/2020 até 04/2022, em uma maternidade de referência em Salvador (BA). Foram incluídas gestantes notificadas à SESAB com diagnóstico de COVID-19 e internadas na referida unidade. Os dados foram coletados através de revisão de prontuário e gerenciados através da plataforma REDCap.

Resultados

Foram incluídas no estudo 412 participantes, destas, 308 (74.8%) eram gestantes em não trabalho de parto, 104 (25.2%) eram gestantes e internaram para o parto e 183 (44.2%) tiveram seu RT-PCR confirmado para a COVID-19. Do total, 258 (62.6%) participantes não possuíam comorbidades, e, das com comorbidades, as mais prevalentes foram hipertensão 73 (17.7%) e diabetes 21 (5.1%). Além disso, 202 (62.2%) participantes necessitaram do uso de oxigênio suplementar, destas, 152 (75.2%) utilizaram a cânula nasal, 28 (13.9%) máscara facial, 43 (21.3%) ventilação mecânica, onde cada participante pode ter utilizado uma ou mais fontes de oxigênio. Foram utilizados medicamentos vasoativos ou inotrópicos em 48 (14.4%) dos participantes. Ademais, foram admitidas em UTI 222 (54%) participantes, com uma mediana de 3 (IIQ 2-5) dias de internamento. Por fim, 384 (93.4%) participantes receberam alta da maternidade, 24 (5.8%) foram transferidas e houve apenas 3 (0.7%) óbitos, tendo como causa a COVID-19 em 2 (66.6%) destes.

Conclusão

A elevada taxa de internação em leitos de UTI, de uso de oxigênio suplementar e medicamentos vasoativos são motivos de preocupação, tanto pela saúde dessa população, quanto pelos seus neonatos. Por fim, estudos como este visam dar uma maior compreensão do quadro clínico das gestantes/puérperas com diagnóstico de COVID-19 e é imprescindível um número amostral ainda maior para consolidação dos resultados e definição de condutas nesta população.

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