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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 188
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EVOLUÇÃO ATÍPICA DE ESPOROTRICOSE OSTEOARTICULAR
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1998
Kawã Maicky Aguiar Rodriguesa, Étore Scapin Baronia, Beatriz Inocêncio Pinheiroa, Mariana Schimming de Limaa, Eduardo Luiz de Freitas Filhoa, Fabiana Almeida Alves Teixeiraa, José Miguel de Souza Maiaa, Paulo Sergio Capusso Barbosaa, Marcio Cesar Reino Gagginia, Mauricio Fernando Favaleçab, Vinicius de Oliveira Tavaresa, Isabela Moreira Suetugoa
a Universidade Brasil, Fernandópolis, SP, Brasil
b CADIP, Fernandópolis, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

A esporotricose é uma micose subcutânea causada por um fungo da espécie Sporothrix, a doença acomete animais e humanos a partir de lesões dermatológicas, resultando em lesão pápulo-nodular e posteriormente ulcero gomosa na fase tardia. As principais formas clínicas da doença são: Cutânea, caracterizada por múltiplas lesões preferencialmente em braços e mãos; a linfocutânea, forma mais frequente, caracterizada por pequenos nódulos, localizados no trajeto do sistema linfático satélite; a extracutânea que acomete principalmente ossos, articulações, mucosas, pulmões e olhos, sem comprometer a pele; e a disseminada, a qual além da pele acomete vários órgãos e/ou sistemas.

Descrição do caso

Paciente de 61 anos de idade, sexo feminino, do lar, há trinta dias iniciou quadro de nodulações, que evoluíram para ulcerações, localizadas inicialmente em segundo dedo da mão direita, disseminando em trajeto de linfático, na primeira consulta foi realizada biópsia da lesão e iniciada terapia com itraconazol e ciprofloxacina, sendo solicitado retorno em uma semana. Relatou cuidar de animais de rua, convivendo com um cachorro e seis gatos, sendo que um dos gatos apresentava lesões dermatológicas, porém sem diagnóstico. Negou mordedura e arranhadura por gatos. No retorno apresentou piora clínica importante, com aumento das lesões, principalmente em segundo dedo da mão, com dificuldade de movimento, sendo levantado hipótese de comprometimento ósseo, solicitado radiografia e corrigida a dose do itraconazol. No próximo retorno, sem melhora clínica, foi associada terbinafina e acompanhamento em 72 horas. Devido à não melhora, foi internada para iniciar terapia com anfotericina desoxicolato, clindamicina e ciprofloxacino. Após quatorze dias de internação, devido à grande melhora clínica, recebeu alta para continuidade da terapia a nível domiciliar.

Comentários

O presente relato reforça a importância do diagnóstico de esporotricose, principalmente pela situação atual presente no Brasil. O acompanhamento clínico é fundamental para definir a terapia adequada, principalmente em algumas situações como a descrita, necessitando de acompanhamento contínuo e terapias com maior espectro, evitando sequelas definitivas e deformidades.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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