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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-216
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ESTUDO DE SINERGISMO IN VITRO PARA AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DOS AMINOGLICOSÍDEOS EM COMBINAÇÃO COM OUTRAS DROGAS EM BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS MULTIRRESISTENTES
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Saidy Vásconez Noguera, Ana Paula Marchi, Marina Farrel Côrtes, Lucas Franco, Maura Salaroli de Oliveira, Anna Sara Levin, Silvia Figueiredo Costa, Lauro Vieira Perdigão Neto
Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
Instituto de Medicina Tropical (IMT), Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

Nos últimos anos, um número crescente de isolados de bactérias gram-negativas mostraram resistência aos antibióticos, destacando esses microrganismos na categoria crítica, principalmente pela escassez de novas drogas terapêuticas. Em estudos se demonstra que os tratamentos contra organismos multirresistentes talvez sejam mais eficazes em terapia combinada de antibióticos do que em monoterapia.

Objetivo

Avaliar o sinergismo in vitro dos aminoglicosídeos com outros antimicrobianos em bactérias gram-negativas multirresistentes de linhagens distintas e com mecanismos de resistência variados.

Método

Os microrganismos foram isolados do sangue, urina, tecido e aspirado traqueal e identificados no sistema automatizado Vitek-2, por PCR e por sequenciamento de genoma completo. Os métodos de disco aproximação e epsilometrico (E-test) foram utilizados para avaliar o sinergismo in vitro entre os aminoglicosídeos com colistina, meropenem e ceftazidima/avibactam.

Resultados

Em 72,5% (29/40) dos isolados de K. pneumoniae se evidenciou sinergismo na combinação entre amicacina e colistina. Nos isolados de A. baumannii foi observado sinergismo em 55% (11/20) na combinação entre amicacina e CZA. Nos isolados de S. marcescens foi observado sinergismo em 75,0% (9/12) na combinação de amicacina e meropenem. Entretanto, em 17% (2/12) das combinações de amicacina com colistina e 25% (3/12) entre gentamicina com colistina se evidenciou antagonismo pelo método de disco aproximação, respectivamente. Por outro lado, obteve-se associação entre a sensibilidade a amicacina e os resultados de sinergismo na combinação entre amicacina e meropenem em K. pneumoniae. Em A. baumannii se evidenciou associação na combinação entre amicacina e colistina e entre amicacina e CZA, considerando a sensibilidade a colistina e amicacina, respectivamente. Em S. marcescens, teve associação entre a sensibilidade a meropenem com os resultados de sinergismo nessa combinação. Finalmente, o número de genes de resistência demonstraram relação com o FICI, no qual os isolados com mais genes de resistência apresentaram sinergismo.

Conclusão

Os aminoglicosídeos demostraram sinergismo quando combinados com outras drogas como polimixinas e carbapenêmicos, considerando-se uma alternativa à monoterapia em infecções por bactérias multirresistentes. Os métodos de sinergismo apresentam concordância muito boa entre os resultados, tornando-se métodos eficazes e úteis na hora de analisar associação entre antibióticos no laboratório de microbiologia convencional.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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