IV Congresso Goiano de Infectologia
More infoO Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), um retrovírus disseminado principalmente por meio de fluidos corporais, infecta principalmente o linfócito T CD4+, causando sua destruição e resultando em imunodeficiência. A epidemia do HIV persiste apesar dos avanços com antirretrovirais. Uma vacina preventiva e a cura são urgentemente necessárias para conter a disseminação do vírus. Este estudo aborda o potencial de novas tecnologias, tratamentos e inovações na luta contra a epidemia do HIV, destacando a importância da pesquisa contínua e da colaboração global para enfrentar esse desafio.
ObjetivoAnalisar e discutir os avanços biotecnológicos na prevenção da transmissão vertical e horizontal do HIV.
MetodologiaRealizou-se uma revisão integrativa da literatura, utilizando o banco de dados PubMed com os descritores ("HIV") AND ("Prevention") AND ("Strategies)", excluindo publicações anteriores a 2017. Três artigos foram selecionados com base em estudos em humanos e confiabilidade dos dados.
ResultadosAvanços promissores incluem tratamentos antirretrovirais de longa duração, terapias com broadly neutralizing antibodies (bNAbs) e vacinas indutoras de bNAbs. O uso de preparações de longa ação e liberação prolongada para prevenir a transmissão vertical durante a gravidez, bem como na profilaxia pós-exposição (PEP) e na pré-exposição (PREP) demonstra potencial. Ademais, novas modalidades como implantes e pró-fármacos, estão sendo desenvolvidas, bem como uma abordagem inovadora, que envolve o uso de tampões solúveis contendo o antirretroviral maraviroque (MVQ) inibidor do co-receptor CCR5 de entrada do vírus na célula, permitindo liberação rápida antes da atividade sexual. Constata-se que a próxima fase da resposta global ao HIV deve combinar múltiplas abordagens de prevenção, priorizando questões científicas emergentes e maximizando os esforços de saúde pública. A colaboração entre prevenção, tratamento e cura é essencial para futuros avanços.
ConclusõesOs avanços biotecnológicos têm reduzido a mortalidade e morbidade causada pelo HIV, destacando-se os tratamentos antirretrovirais de longa duração e o desenvolvimento de vacinas. A busca por medicamentos de longa ação e pró-fármacos com melhorias na potência, meia-vida, estabilidade e biodisponibilidade continua. É crucial adotar uma abordagem integrada, considerando não apenas aspectos biomédicos, mas também biopsicossociais e assistenciais para promover uma atenção à saúde completa e humanizada.