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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 104
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ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO E QUALIDADE DE VIDA EM PESSOAS QUE VIVEM COM O VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)
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Deise Jaime Cristina Pereira dos Santos, Alexandre Castelo Branco Hêrenio
Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), Goiânia, GO, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) conhecida por efeitos nocivos no sistema imunológico é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) quando não tratada. A qualidade de vida (QV) é um construto, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, que se refere a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura, nos sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. As estratégias de enfrentamento são estratégias utilizadas para lidar com situações problemas. Dentre estas estratégias, temos a negação, que consiste em ignorar a existência do problema. Este estudo teve por objetivo explorar a relação entre a negação, enquanto recurso de enfrentamento, com a Qualidade de Vida e os demais Recursos de Enfrentamento.

Método

Trata-se de um estudo de corte transversal, realizado no ambulatório de um hospital especializado em doenças infectocontagiosas. Participaram 150 pessoas com diagnóstico de HIV. Os participantes foram divididos em grupos de maior uso e menor uso de Negação, e os resultados de Qualidade de Vida e dos demais Recursos de Enfrentamento foram comparados. As diferenças entre as médias dos dois grupos foram comparadas por meio do teste T para amostras independentes.

Resultados

Os resultados indicam que o grupo de pacientes que utilizava menos o recuso da Negação, enquanto recurso de enfrentamento, tinham uma melhor percepção geral sobre a qualidade de vida, maior satisfação com a saúde, e uma melhor percepção dos aspectos físicos, psicológicos e sociais da qualidade de vida. Além disso, as pessoas que fazem maior uso da negação tendem a utilizar também o desabafo, o desinvestimento comportamental, a autoculpa e o uso de substâncias. O baixo uso da negação foi associado a maior aceitação. Discute-se os impactos negativos que o uso da negação pode ter sobre a percepção da qualidade de vida e, consequentemente, sobre a saúde. Infere-se sobre como o uso da negação, associada ao demais recursos de enfrentamento supracitados, pode repercutir na eficiência das estratégias para soluções de problema, bem como na maior adesão ao tratamento.

Conclusão

Conclui-se que o uso da negação, associado a outros recursos de enfrentamento de caráter evitativo, pode representar um fator de risco para a modificação de hábitos ligados ao processo de adesão ao tratamento, comprometendo a qualidade de vida.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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