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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 180
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ESPOROTRICOSE GRAVE REFRATÁRIA EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE: RELATO DE CASO
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Jaime Emanuel Brito Araujo, Marília Cavalcante Camêlo, Daniel Pinheiro Callou Do Nascimento, Jéssica Carvalho Dantas, Júlia Regina Chaves Pires Leite, Renata Salvador Gaudêncio de Brito, João Paulo Ribeiro Machado, Maria Aparecida de Souza Guedes, Jack Charley da Silva Acioly
Hospital Universitário Alcides Carneiro, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Campina Grande, PB, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução/Objetivo

A esporotricose humana representa um grave e importante problema de saúde pública, com um rápido crescimento no número de casos nos últimos meses. Visamos relatar um caso de esporotricose grave complicada refratária com coinfecções em paciente imunocompetente. Objetivamos relar um caso de esporotricose cutânea de diagnóstico tardio submetido a tratamento alternativo.

Métodos

As informações do caso foram obtidas por meio de revisão do prontuário e revisão da literatura, respeitando todos os princípios éticos.

Resultados

Paciente de 41 anos, sexo masculino, agricultor, imunocompetente, obeso, sem patologias crônicas prévias, sem sintomas constitucionais, sem contato com gatos e cachorros. Relatava surgimento de lesão bolhosa e única em perna direita após trauma local havia 11 meses, com acometimento progressivo de novas lesões em todo o membro, as quais tornaram-se ulceradas e crostosas, atingindo também face, couro cabeludo e tórax. Fez uso de diversos esquemas antimicrobianos, sem resposta. Culturas de secreção de ferimentos eram persistentemente negativas, tendo iniciado Itraconazol 400 mg/dia nos 60 dias anteriores à admissão, sem nenhuma resposta. Devido piora dos focos de necrose, com exsudação severa, foi internado. Realizou desbridamento cirúrgico. Foi mantido o Itraconazol. Culturas evidenciaram Pseudomonas aeruginosa, tendo usado Meropenem por 14 dias, com resolução do exsudato. Histopatológico com infiltrado linfohistiocitário, formando granulomas, com plasmócitos e neutrófilos, fibrina e debris celulares, sem sinais de malignidade. Cultura para fungos positiva para Sporothrix schenckii, Candida kruzei e Penicilium spp. Recebeu alta hospitalar com Itraconazol 400 mg/dia, sem resposta clínica, o que motivou reinternação 30 dias após, para tratamento com Complexo Lipídico de Anfotericina, tendo feito 3600 mg de dose total, com regressão quase completa de todas as lesões. Mantido tratamento com Anfotericina Desoxicolato 50 mg/semanal, evoluindo para cura com remissão completas das lesões em 5 meses.

Conclusão

Trata-se de uma patologia de eminente impacto para a saúde pública, sendo de suma importância a identificação das lesões e o diagnóstico precoce. O suporte laboratorial pode ter papel essencial para o diagnóstico diferencial, sobretudo em casos com menor suspeição. O diagnóstico tardio e as coinfecções prejudicaram a boa evolução do caso, fato agravado pela refratariedade ao tratamento com Itraconazol.

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