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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-477 - RELATO DE CASO: OTOMASTOIDITE TUBERCULOSA
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Jorge Vinícius L. Monteiro, Nayara Marques de Jesus, Jéssica do N. Silva, Gladys V.B. do P Melo, Robinson Koji
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A tuberculose (TB) é uma doença causada pelo Mycobacterium Tuberculosis (MT) e é a principal causa de morte infecciosa no mundo. A doença acomete principalmente os pulmões, mas pode ter formas extrapulmonares, como a otomastoidite tuberculosa. Devido à sua apresentação variada, o diagnóstico e tratamento precoces são frequentemente desafiadores.

Objetivo

Destacar a importância da otomastoidite tuberculosa no diagnóstico diferencial de otites médias crônicas resistentes ao tratamento. MÉTODO: Caso de otomastoidite tuberculosa.

Resultados

Mulher de 43 anos, tabagista (cigarro de palha) com uma carga tabágica de 18 maços/ano, hipertensa e portadora de diabetes mellitus tipo 2. Entre 2014 e 2018, a paciente foi tratada por otite média de repetição e otomastoidite no lado esquerdo, realizando múltiplos tratamentos farmacológicos, incluindo antimicrobianos prolongados, e cirurgias, como timpanomastoidectomia. Em uma das três cirurgias de limpeza óssea, as culturas bacterianas isolaram Corynebacterium Sp e Staphylococcus Epidermidis, tratados com ciprofloxacino por seis meses. Em 2018, uma biópsia com PBAAR de tecidos da ressecção submandibular, meato acústico e mastoide esquerdo resultou negativa. Em 2021, após a pandemia de COVID-19, com o retorno dos sintomas de otalgia e otorreia sem melhora, a paciente procurou um novo otorrinolaringologista. Durante a avaliação, foi solicitado um teste IGRA, que resultou positivo, sugerindo a hipótese de tuberculose óssea. A paciente foi encaminhada para um infectologista, relatando também uma tosse seca persistente. Mencionou uma hospitalização por pneumonia na infância. Uma TC de tórax revelou achados sugestivos de histiocitose de células de Langerhans e um granuloma calcificado no lóbulo superior direito do pulmão. Além do cigarro, o linfoma foi considerado como diagnóstico diferencial para a histiocitose, sendo indicado um PET/CT, que mostrou focos de hipermetabolismo inflamatório e infeccioso na orelha esquerda, um nódulo pulmonar, múltiplas lesões císticas e linfonodos mediastinais. Ademais, a amostra do tecido mastoide coletada em 2018 foi recuperada e submetida a uma investigação de TB por PCR, resultando positiva. O tratamento medicamentoso para TB foi iniciado e concluído em 12 meses, com resposta positiva ao tratamento e ausência de disseminação da infecção.

Conclusão

Nesse caso, o diagnóstico foi confirmado com a identificação do MT apenas no anatomopatológico com pesquisa de IGRA e tratado com antibioticoterapia para TB, com melhora.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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