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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-470 - HISTOPLASMOSE CRÔNICA DISSEMINADA EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE: UM RELATO DE CASO
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Giovanna Catherine Freitas Almeida, Matheus Todt Aragão, Nathalia V.B. Todt Aragão, Edson Santana Gois Filho, Francisco José de Andrade Oliveira, Kathleen Ribeiro Souza, Renata Feitosa Galindo, Horley Soares Britto Neto, Danilo Guimarães Siqueira, Luiz Felipe Andrade Sales
Universidade Tiradentes (UNIT), Aracaju, SE, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A histoplasmose é uma infecção fúngica sistêmica causada por fungos da espécie Histoplasma capsulatum. No Brasil, a doença ocorre em todas as regiões e a principal forma de infecção é a via inalatória, através de partículas decorrente do manuseio do solo rico em excrementos de aves e morcegos. A apresentação varia desde a forma assintomática até uma forma disseminada potencialmente fatal. Um fator de risco importante é o comprometimento da imunidade celular.

Objetivo

Descrever um quadro crônico e disseminado em um paciente imunocompetente com diagnóstico tardio.

Método

Estudo descritivo que relata a investigação de um caso de histoplasmose.

Resultados

Sexo masculino, 47 anos, paulista, casado e padeiro, procurou auxílio médico com queixas de tosse produtiva, perda de peso, febre vespertina, sudorese, disfagia e odinofagia há 1 ano. Referia história de TB pulmonar adequadamente tratada há 23 anos, sem outras comorbidades. Negava comportamento sexual de risco, tabagismo ou uso de drogas ilícitas, negando também contato frequente com aves ou morcegos. Após avaliação, foi solicitada tomografia computadorizada (TC) de tórax, que demonstrou distorção arquitetural difusa predominando nos ápices e cavitações. Foi encaminhado à atenção primária, realizadas duas baciloscopias (negativas) e iniciada poliquimioterapia para TB. Referiu que após 4 meses, mesmo em uso regular dos medicamentos, não observava melhora significativa, com manutenção da perda ponderal (15Kg), além de piora da disfagia e da odinofagia. Foi encaminhado ao pneumologista, que apenas manteve o tratamento. Procurou, então, atendimento com otorrinolaringologista, sendo realizada videonasofaringolaringoscopia que evidenciou infiltrado, com vegetações de permeio e áreas de fibrina. Realizada biópsia da lesão, evidenciou uma infecção fúngica granulomatosa sugestiva de histoplasmose. Foi optado por internamento hospitalar, descartado diagnóstico de imunossupressão e iniciado tratamento com Anfotericina B parenteral. Após 15 dias, recebeu alta com melhora em uso de Itraconazol.

Conclusão

No caso descrito, ressalta-se a dificuldade diagnóstica, com investigação longa e laboriosa, envolvendo diversos especialistas e recursos diagnósticos complementares. É fundamental a ampla divulgação de dados acerca da doença, a fim de contribuir para o diagnóstico precoce e assertivo, bem como para tratamento e prevenção adequados.

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