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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
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EP-465 - PERFIL CLÍNICO E DESFECHO DE TRATAMENTO DE PACIENTES COM OSTEOMIELITE NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE LAGARTO (HUL)
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Matheus Henrique C. Xavier, Nathalia V.B.T. Aragão, Edson S.G. Filho, Giovanna Catherine Almeida, Luiz Felipe Andrade Sales, Kathleen Ribeiro Souza, Victor Hugo S. Teles, Klecia Santos dos Anjos, Maria E. de A. Oliveira, Matheus Todt Aragão
Hospital Universitário de Lagarto (HUL), Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A osteomielite é uma infecção óssea caracterizada pela destruição progressiva do osso cortical e medular, tendo como principal etiologia as fraturas expostas e as reconstruções ortopédicas. Mesmo com a queda da mortalidade, continua sendo uma condição muito relevante. Seu manejo requer uma abordagem combinada cirúrgica e clínica, com uso prolongado de antibióticos, sendo reportadas taxas elevadas de falha terapêutica. No Brasil, os poucos artigos existentes descrevem situações clínicas particulares de cada serviço, sendo os estudos especialmente escassos na região Nordeste.

Objetivo

Identificar características clínicas, epidemiológicas e fatores que impactam no desfecho desfavorável do tratamento de pacientes com osteomielite pós-traumática no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe campus Lagarto (HUL).

Método

Trata-se de um estudo observacional, tipo coorte histórica, no qual foram avaliados 24 pacientes com osteomielite após fraturas, atendidos no HUL entre setembro de 2022 e setembro de 2023.

Resultados

Observou-se o predomínio de osteomielite pós-traumática em homens de idade média de 41,7 anos e sem comorbidades. Percebeu-se um predomínio de fraturas fechadas submetidas a tratamento cirúrgico (75%), sendo a tíbia (41,7%) o osso mais acometido. A presença de fístula com exsudação foi a apresentação clínica mais frequente (91,7%), sendo a febre o sintoma menos comum (20,8%). O S. aureus (25%) foi o microrganismo mais isolado, com K. pneumoniae presente em 16,7% e infecções polimicrobianas em 25% dos casos. Notou-se quantidades similares de S. aureus multissensíveis e resistentes à Meticilina (MRSA), no entanto, observou-se que 41,7% dos Gram negativos isolados eram multidroga-resistente (MDR). Evidenciou-se uma predileção pelo uso de Ciprofloxacino associado à Clindamicina como antibioticoterapia empírica (75%), com duração variando entre 15 e 30 dias. A maioria dos casos foi sido submetida a apenas uma abordagem cirúrgica. Foram identificados como fatores de risco para piores desfechos as infecções polimicrobianas, infecções por MRSA e múltiplas abordagens cirúrgicas.

Conclusão

Para uma melhor eficácia no tratamento da osteomielite, deve-se aliar uma antibioticoterapia adequada, atentando-se para possibilidade de infecções polimicrobianas e por MRS, bem como um manejo cirúrgico precoce adequado.

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