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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-424 - PSEUDO SURTO EM UM CENTRO DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA DE UM HOSPITAL ESPECIALIZADO DE GRANDE PORTE
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Nicholi Di Mari Santos de Castro, Nilka Fernandes Donadio, Andressa Rosario Rocha, Artur Dzik, Adriana Weinfeld Massaia, Flavio Alex Gonçalves, Roberto Enrique Kameo, Morris Pimenta Souza, Sergio Henrique do Amaral, Maria Claudia Stockler Almeida
Hospital da Mulher, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A ocorrência de casos novos de agravo pode representar uma ameaça aos estabelecimentos de saúde, exigindo que medidas sejam tomadas para determinar que tipos de respostas e ações de controle e prevenção serão mais assertivas. Um centro de reprodução assistida (CRA) de um hospital especializado de grande porte optou por interromper temporariamente suas atividades por notar no microscópio, presença de partículas móveis concomitantemente em todas as placas de cultivo embrionário (PCE), sugestivas de contaminação. Contaminações em PCEs podem ser por patógenos do sêmen, líquido folicular e menos frequentemente por agentes do meio ambiente ou trazidos pelos profissionais.

Objetivo

Descrever a ocorrência de um pseudo surto em um CRA.

Método

Após ser notificado pela alta direção, o Serviço de controle de infecção hospitalar (SCIH) realizou visita técnica seguindo roteiro de inspeção da Anvisa, a estrutura e os equipamentos encontravam-se em conformidade. Também foram avaliados presença de pressão positiva da sala e do fluxo laminar, qualidade do ar no ambiente e nas capelas, e se as culturas de superfície de trabalho e das incubadoras tinham sido realizadas e encontravam-se dentro dos limites estabelecidos.

Resultados

Foram feitos testes com outras marcas, lotes de meio e insumos que mantiveram a presença das estruturas. PCE, insumos e meios de cultivo foram encaminhados para exame de cultura para bactérias aeróbias e anaeróbias, micobactérias e fungos, além de exame de metagenômica (método de DNA alto desempenho da região V3/V5 dos genes 16S rRNA e da região espaçadora ribossomal ITS1 do gene ITS), todos com resultados negativos. Acionado o fabricante dos meios de cultura, estes realizaram provas bioquímicas, constatando que as partículas tratavam-se de precipitações de características não habituais da albumina, utilizadas como fonte proteica do meio. Constatou-se um desvio de performance descartando a contaminação laboratorial, sendo feita uma notificação de tecnovigilância referente ao meio de cultivo.

Conclusão

Na literatura há poucos relatos de contaminação externa de laboratórios de reprodução assistida, sendo escassas as orientações e condutas padrão. O processo de investigação deste pseudo surto muito contribuiu para o amadurecimento de todas as equipes envolvidas ao permitir a revisão e aprimoramento dos processos.

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