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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
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EP-396 - PARACOCCIDIOIDOMICOSE PULMONAR EM PACIENTE VIVENDO COM HIV COM SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA - RELATO DE CASO
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Aimée Utuni, Amanda Rafaela Silva, Ana Júlia Botacini, Ana Luiza Ferreira Guimarães, Isabella Silva Barros, Jéssica Cristina Leão da Silva, João Vitor Pereira Rabelo, Paloma Beatriz Rosa Nunes de Souza Chini, Victor do Amaral Gurgel J. de Azevedo, Natali Canelli Valim
Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A paracoccidioidomicose (PCM) é a infecção fúngica sistêmica mais prevalente em áreas rurais no Brasil, causada pela inalação de conídios do Paracoccidioides sp. (P. brasiliensis e P. lutzii). A infecção primária é assintomática e controlada pela imunidade celular, mas focos com leveduras latentes podem perpetuar e reativar em vigência de imunossupressão. A doença pulmonar em paciente vivendo com HIV (PVHIV) pode ocorrer por reativação de granulomas.

Objetivo

Relatar um caso da co-infecção HIV e paracoccidioidomicose em paciente imunossuprimido.

Método

Relato de caso e revisão da literatura.

Resultados

Homem, 35 anos, em situação de rua, PVHIV há 15 anos, em fase AIDS por interrupção da terapia antirretroviral (TARV), foi hospitalizado em março de 2022, com tosse secretiva há 2 meses, episódios febris não aferidos, perda ponderal não quantificada e sudorese noturna profusa. A tomografia (TC) de tórax revelou múltiplos micronódulos dispersos bilateralmente pelo parênquima pulmonar, a contraimunoeletroforese sanguínea foi reagente para PCM (Título: 1/64) e o exame micológico direto do escarro evidenciou leveduras com múltiplos brotamentos compatíveis com P. brasiliensis. A pesquisa COVID-19 e outras infecções oportunistas foi negativa. Descartou-se a disseminação da PCM por exame físico, líquor e TC contrastadas. O tratamento inicial foi realizado com anfotericina complexo lipídico e, após melhora clínica, foi transicionado para itraconazol e reintroduzida a TARV. O paciente recebeu alta para acompanhamento ambulatorial após contato do serviço social com familiares, porém, devido às fragilidades sociais, houve interrupção do tratamento. Posteriormente, sucedeu-se progressão dos sintomas e hospitalização: hemoptoicos, dispneia e TC de tórax com aumento dos nódulos pulmonares, cavitações e consolidações difusas, evoluindo a óbito em outubro de 2023 por insuficiência respiratória aguda.

Conclusão

A PCM não é tão frequente na fase AIDS, quando comparada a outras doenças oportunistas, como criptococose e histoplasmose. No entanto, a micose ocorre em PVHIV em áreas endêmicas, representando um desafio diagnóstico e terapêutico. Ainda, há uma possível associação na redução da frequência da PCM entre pacientes com contagem de CD4 < 200 cél/mm3 em uso profilático de sulfas para infecções oportunistas. Portanto, infere-se a importância do conhecimento da correlação entre a PCM e HIV para uma abordagem diagnóstica e terapêutica eficaz.

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