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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
ÁREA: INFECÇÃO PELO HIV-AIDS
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EP-395 - HISTOPLASMOSE DISSEMINADA E TUBERCULOSE EM PESSOA VIVENDO COM AIDS: RELATO DE CASO
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Adriana Vieira Souza, Alexandre Albuquerqu Bertucci, Caroline Franciscato
Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP), Campo Grande, MS, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A histoplasmose é uma micose sistêmica, causada pelo fungo dimórfico Histoplasma capsulatum (HC), altamente endêmico na América do Sul (PAHO, 2020).

Objetivo

Este trabalho se propõe a descrever um caso de histoplasmose disseminada com posterior coinfecção por tuberculose (TB) disseminada em pacientes com AIDS.

Resultados

Homem, 35 anos, natural e procedente de Cassilândia, com diagnóstico de HIV, sendo a última carga viral de 2010 cópias/mL e contagem de linfócitos TCD4 de 15 céls/mm³. Apresentava pápulas eritematosas em couro cabeludo, tórax, abdome, membros superiores, dorso, nádegas e região perianal há cinco meses. Seu histórico patológico também incluía sarcoma de Kaposi (SK) com acometimento linfático em membro inferior direito, múltiplas perdas de seguimento e TB com diagnóstico clínico/epidemiológico. Realizou biópsias de lesões perianais e da região torácica com crescimento de HC em ambas. Sua tomografia de tórax evidenciava opacidades nodulares com atenuação em vidro fosco bilateralmente. Em análise de escarro, além de pesquisas negativas para tuberculose, também houve crescimento de HC. Foi inicialmente tratado com anfotericina B complexo lipídico (5mg/Kg/dia) por 12 dias e, posteriormente, intraconazol 600 mg/dia de acordo com melhora clínica do paciente. Após primeiro ano de seu acompanhamento, paciente apresentou resultado detectável para TRM-TB em escarro, com sensibilidade à rifampicina, e LF-LAM em urina positiva, iniciado tratamento para tuberculose disseminada. Após perda de seguimento, retornou em tratamento irregular de tuberculose e do HIV, porém, em tratamento quimioterápico para SK. Apresentava-se com piora de estado geral e manutenção de lesões perianais com sintomas de proctite. Optado por reintrodução de tratamento para TB e histoplasmose. Realizou nova biópsia de lesões perianais após dois meses, não sendo observadas novas estruturas sugestivas de histoplasmose. Segue em acompanhamento em serviço de infectologia de Campo Grande/MS, realizando manutenção de tratamento de histoplasmose com anfotericina B lipossomal 3 mg/kg/dia, mantendo boa evolução clínica e ausência de sinais de recidiva de histoplasmose.

Conclusão

A histoplasmose disseminada em áreas endêmicas pode ser confundida com tuberculose (Almeida et al, 2019). Em revisão sistemática, Almeida et al, observou simultaneidade de diagnósticos em 10,37% dos casos em estudos brasileiros, logo, é necessário manter a investigação para tuberculose mesmo em vigência de critérios para histoplasmose disseminada.

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