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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-394 - ELIZABETHKINGIA ANOPHELIS: MANEJO SEGUNDO ASPECTOS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS
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Rubén Darío Soares Núñez, Heloísa Rodrigues Marmé, Laura Vale Farao, Giovanna Nardozza Martinez Reis, Edgar de Bortholi San
Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES), Santos, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Elizabethkingia é um gênero de bactérias Gram-negativas, aeróbicas e ubíquas, composto por seis espécies, com destaque para Elizabethkingia anophelis. Avanços na genética e tecnologia molecular têm desempenhado um papel crucial na compreensão da genômica, epidemiologia, manifestações clínicas e resistência a antibióticos desses organismos.

Objetivo

Descrever o manejo da infecção pelo patógeno Elizabethkingia anophelis, levando em consideração aspectos clínico-epidemiológicos associados.

Método

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em março de 2024, a partir das bases de dados eletrônicas Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scielo e PubMed. Para a busca foi estabelecido o seguinte descritor: "Elizabethkingia anophelis". Os critérios de inclusão foram: artigos publicados na íntegra, período entre 2010 e 2024 e idiomas Português, Inglês e Espanhol. Ao final da análise foram selecionados 05 artigos para desenvolver o presente estudo.

Resultados

E. anophelis é um patógeno oportunista, identificado em 2011 no intestino de mosquitos Anopheles gambiae, associado a infecções esporádicas, incluindo meningite, bacteremia, pneumonia e sepse, com altas taxas de mortalidade em populações vulneráveis. Evidencia-se um aumento na incidência de casos e formas endêmicas, com relatos de surtos intra-hospitalares, sendo que a transmissão ocorre por contato direto ou indireto com fontes ambientais. Entretanto, a identificação precisa da espécie representa um desafio devido à diversidade fenotípica presente dentro do gênero. O sequenciamento do genoma completo é o principal teste para identificar as espécies e avaliar a resistência aos β-lactâmicos. Os isolados de E. anophelis demonstraram resistência à maioria dos antimicrobianos empíricos, sendo identificados os genes blaBlaB-1 e blaGOB-26 responsáveis pela baixa suscetibilidade aos fármacos. Diante disso, a identificação precisa e o tratamento oportuno, baseados na tipagem molecular, são fundamentais para o desfecho clínico. Além da antibioticoterapia, medidas de controle, como a remoção de dispositivos médicos contaminados e a descontaminação ambiental são essenciais para mitigar futuras infecções.

Conclusão

A elevada taxa de mortalidade e o aumento abrupto da incidência de infecções por E. anophelis enfatizam a urgência de conduzir mais estudos clínicos e epidemiológicos para estabelecer diretrizes de testes genômicos e investigar a eficácia de agentes antimicrobianos.

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