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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-368 - TRATAMENTO PARENTERAL DA TUBERCULOSE GRAVE: RELATO DE CASO E OPÇÕES TERAPÊUTICAS
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Alessa de Andrade Santana, Mariangela Ribeiro Resende, Julia Domingues Gatti, Pedro Teixeira Meirelles, Antonio Camargo Martins, Marcia Teixeira Garcia
Hospital das Clínicas (HC), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A tuberculose (TB) é a segunda causa de morte por um único agente infeccioso no mundo. No Brasil, no contexto de casos de TB grave são utilizadas medicações parenterais alternativas.

Objetivo

Relatar caso de TB disseminada grave, com ênfase nas particularidades da terapêutica específica quando o TGI não está funcional.

Método

Relato de caso, revisão de prontuário e revisão de literatura.

Resultados

Mulher, 18 anos, encaminhada ao serviço terciário por obstrução ureteral. Referia tosse, perda de peso, febre e sudorese intermitente há dois anos, com tratamento antimicrobiano inespecífico e pesquisa de escarro negativa. Há seis meses com dor abdominal em andar inferior, intermitente, com náuseas e vômitos, sendo diagnosticada nefrolitíase bilateral e adenite mesentérica em fossa ilíaca direita. Pela obstrução ureteral à esquerda foi instalado duplo J. Na investigação complementar observou-se à TC de abdome, enterocolite e na base do tórax micronódulos, opacidades centrolobulares ramificadas e em vidro fosco com aspecto de árvore em brotamento. Foi coletado escarro com pesquisa de BAAR positiva e detecção de M. tuberculosis no TRM-TB do escarro e da urina; a sorologia para HIV foi negativa. Feito o diagnóstico de TB disseminada, pulmonar, laríngea, intestinal e de vias urinárias e iniciado o tratamento com RHZE. Após sete dias evoluiu com melena e instabilidade hemodinâmica, feito EDA (normal) e colonoscopia (ileíte, colite e uma úlcera em ângulo hepático). Alterado o tratamento de RHZE para amicacina, levofloxacino, meropenem associado à clavulanato, por via endovenosa. Linezolida não foi utilizada pela hemoglobina de 6,2g/dL e sangramento ativo. Encaminhada para laparotomia exploradora, que evidenciou úlceras sangrantes no intestino delgado, sendo ressecado 170 cm e feita peritoneostomia, no anatomopatológico do delgado foi confirmada TB intestinal. Evoluiu com melhora, e após liberação de dieta foi reintroduzido o esquema RHZE. Recebeu alta 45 dias após admissão.

Conclusão

Este relato evidencia as limitadas opções terapêuticas parenterais para TB em situações de TGI não funcionante, bem como uma grande lacuna nas diretrizes de tratamento. Estudos demonstram a absorção errática da rifampicina por sonda nasoenteral e no Brasil não dispõe-se de R e H por via endovenosa. Avaliação de custo-efetividade da incorporação da R e H para uso parenteral no Brasil deve ser realizada.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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