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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-344 - MASSA RETROPERITONEAL COMO MANIFESTAÇÃO DE TUBERCULOSE ABDOMINAL: UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL INCOMUM
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Sara Grigna G.A.M. Medeiros, Renata Bezerra de Miranda, Gleide Maria Freire Camara, Ariane Pereira dos Santos, Maria do Carmo Costa do Nascimento, Tacito Nascimento Jácome, Hênio Godeiro Lacerda
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

O diagnóstico das massas retroperitoneais é um desafio por constituírem um grupo heterogêneo de lesões que, em sua maioria, são representadas por tumores malignos, mais prevalentes em adultos. As manifestações clínicas são variáveis, de acordo com a extensão em relação às estruturas adjacentes, e o exame de imagem, embora evidencie a presença da lesão, pode não ser esclarecedor, demandando a realização de biópsia e exame anatomopatológico.

Objetivo

A tuberculose (TB) abdominal corresponde a 5 por cento das TB em todo o mundo e alguns fatores de risco são: cirrose, infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), diabetes mellitus e malignidade subjacente. A apresentação como pseudotumor retroperitoneal paucibacilar é pouco descrita e o relato reforça a dificuldade diagnóstica.

Método

Relato de caso.

Resultados

Reportamos o caso de paciente do sexo masculino, 41 anos, sem comorbidades, com dor abdominal em flanco direito, aumento de volume abdominal, perda ponderal involuntária de 20 quilos e edema de membros inferiores há 7 meses da internação. O achado de hidronefrose à ultrassonografia de abdome total conduziu à realização de tomografia computadorizada (TC) de abdome total, que evidenciou a lesão retroperitoneal. A TC de tórax não mostrou alterações. Marcadores tumorais e sorologias para HIV e hepatites foram negativos. Foi, então, submetido à ressecção de tumor de partes moles em retroperitônio, linfadenectomia retroperitoneal e apendicectomia, com melhora parcial das queixas, retornando posteriormente para nova internação com ascite volumosa e anemia grave, além da persistência de massa retroperitoneal ao exame de imagem. O exame histopatológico revelou processo inflamatório crônico, linfadenite crônica granulomatosa necrotizante e ausência de neoplasia, orientando o diagnóstico. Posteriormente, confirmamos através do teste rápido molecular para Mycobacterium tuberculosis do fragmento da biópsia e pela resposta terapêutica, tendo o paciente apresentado expressiva regressão da lesão e resolução completa da anemia, desnutrição e ascite após o tratamento para tuberculose com esquema RIPE.

Conclusão

: Embora raramente as massas retroperitoneais representem doenças granulomatosas, dada a prevalência de tuberculose em nossa população, essa hipótese deve ser considerada, com a finalidade do diagnóstico e tratamento precoces, reduzindo a ocorrência de complicações e sequelas dessa doença.

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