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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-322 - TAXA DE MORTALIDADE DE INTERNAÇÕES POR DOENÇA REUMÁTICA CRÔNICA DE 2017 A 2023: UM ESTUDO ECOLÓGICO
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Luiz Carlos Santos Borges, Emanuel Gustavo Sabino de Freitas, Fernando Ériton Aguiar Moita, Pedro Henrique Silveira de Souza, Higor Braga Calixto
Universidade Federal de Roraima (UFRR), Boa Vista, RR, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A doença reumática do coração (RHD) é uma causa de mortalidade em regiões de baixa e média renda, com 319.400 mortes estimadas em 2015.

Objetivo

Analisar a taxa de mortalidade de internações hospitalares por doença reumática crônica do coração nas regiões brasileiras.

Método

Estudo transversal, ecológico e quantitativo, analisando dados do Sistema de Informações sobre Morbidade (SIH/SUS) de 2017 a 2023, incluindo óbitos de pacientes de 15 a 80 anos ou mais e excluídos dados ignorados. A taxa de mortalidade foi calculada pela relação entre óbitos urgentes e Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) aprovadas, ajustada por 100. A análise incluiu variáveis de cor/raça, sexo e faixa etária, utilizando Microsoft Excel 2022 para análise estatística.

Resultados

De 2017 a 2023, a taxa de mortalidade por doença reumática do coração (RHD) no Brasil variou: começou em 8,38 por 100 AIHs em 2017, subiu para 9,15 em 2020, e diminuiu para 8,17 em 2023. Essas mudanças sugerem variações demográficas, socioeconômicas e no acesso à saúde. Destacam-se altas taxas no Sul e Centro-Oeste, especialmente no Paraná e Mato Grosso do Sul, com 10,12 e 9,82 respectivamente, possivelmente devido às disparidades regionais no acesso e cuidados médicos adequados. A mortalidade cresceu com a idade, de 3,95 entre 15 e 19 anos, para 7,54 entre 50 e 59 anos, e 17,85 para 80 anos ou mais, indicando possível risco da RHD nessa população. A taxa foi de 8,62 tanto para homens quanto para mulheres. Entre os grupos étnicos, indígenas tiveram uma taxa elevada de 20 mortes por 100 AIHs, enquanto brancos registraram 9,31, refletindo possíveis diferenças no acesso e na qualidade dos cuidados de saúde.

Conclusão

De 2017 a 2023, houve oscilação da taxa, decaindo após 2021. Limitações do estudo incluem subnotificação dos óbitos e incapacidade de realizar associação causa e efeito. Logo, são necessários estudos adicionais para compreender a diminuição observada em 2023 e políticas que promovam diagnóstico precoce, tratamento e capacitação para prevenir a RHD e, consequentemente, a mortalidade por internações.

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