Journal Information
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
Full text access
EP-273 - CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA DENGUE, NAS CIDADES DO ABC PAULISTA, ENTRE 2014 E 2024
Visits
112
Isabella Flohr de Souza, Jéssica Gonçalves da Silva, Fabrício Portella Matos, Nathan Mendes Pinheiro, Hugo Enrique Orsini Beserra, Karen Tiago dos Santos, Tatiana Pradines Maroja, Juliana Cristina Marinheiro
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Introdução

A dengue é uma arbovirose, causada pelo Vírus da Dengue. É transmitida pela picada do vetor Aedes aegypti. A doença tem caráter febril e apresenta diferentes padrões de sintomatologia, de acordo com o sorotipo viral e características imunes do hospedeiro. A doença apresenta sazonalidade associada à prevalência do vetor. O diagnóstico é clínico, com confirmação laboratorial, por sorologia.

Objetivo

Este trabalho tem como objetivo apresentar as características epidemiológicas da dengue, nas cidades do ABC Paulista, entre 2014 e abril de 2024.

Método

Informações sobre a dengue, disponibilizadas no DATASUS, nas cidades de: Santo André (SA), São Bernardo do Campo (SBC), São Caetano do Sul (SCS), Diadema, Mauá, Ribeirão Pires (RP) e Rio Grande da Serra (RGS), entre 2014 e 2024, foram analisadas e comparadas às publicações relacionadas.

Resultados

Entre 2014 e abril de 2024, foram notificados 43.480 casos de Dengue no ABC Paulista. As maiores notificações foram em SBC (29%), Diadema (21%) e SA (18,6%). As menores em RGS (0,17%) e RP (1,7%). Os maiores números de casos ocorreram em 2015 (13.373), 2019 (2052) e 2024 (18253 até abril). O aumento dos casos, em 2024, comparado a 2023, é de cerca de 19x. As menores notificações ocorreram em 2017, 2018 e 2020. Tratando-se de uma doença transmitida por vetor invertebrado, fatores ambientais, como aumento de temperatura, podem influenciar o aumento de casos em uma região. Nos últimos anos, o aumento da temperatura no Estado de São Paulo variou entre 1,5°C e 2,4°C por ano. Além disso, a substituição entre os sorotipos circulantes, também influencia o aparecimento de surtos. No Estado de SP, em 2024, circulam os sorotipos 1, 2 e 3. Com relação ao sexo, 49% dos indivíduos foram identificados como feminino e, 51% masculino. As faixas etárias com maiores notificações foram 20 a 39 anos (49%) e, 40 a 59 anos (29%). O menor número de casos é reportado em crianças menores de 1 ano de idade (1%).

Conclusão

Nos últimos anos, os casos de dengue tiveram um aumento expressivo no Brasil. No ABC Paulista, esse aumento foi iniciado em 2015. O aumento da temperatura nos últimos anos influencia a reprodução do vetor e a transmissibilidade da doença. A queda de casos, observada em 2020, pode ter sido ocasionada por subnotificações, em decorrência da pandemia da COVID-19. Com relação ao sexo dos pacientes, não foi observada diferença e, a maioria dos casos são reportados em indivíduos de 20 a 39 anos de idade.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools