A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) altamente contagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum, é um problema de saúde pública significativo no Brasil. A transmissão também ocorre principalmente por via sexual, como também pode ocorrer verticalmente durante a gestação. Apesar da disponibilidade de tratamento, muitos pacientes abandonam o tratamento prematuramente. Em 2023, foram registrados 24.693 casos de sífilis adquirida e 6.735 casos de sífilis gestacional, ressaltando a necessidade urgente de intervenções eficazes.

Relatar a experiência e impacto de uma intervenção de educação em saúde realizada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no extremo norte do Brasil.

Trata-se de um relato de experiência, descreve a implementação de uma roda de conversa sobre sífilis, conduzida em uma UBS no município de Boa Vista em 2023.

A ação foi realizada por três acadêmicas de medicina da Universidade Federal de Roraima, tendo como público-alvo adultos sexualmente ativos que aguardavam atendimento em uma UBS localizada na região periférica de Boa Vista. A temática surgiu após notar-se, durante as consultas médicas, a grande incidência de sífilis na região. Inicialmente, foi feita uma roda de conversa, por meio da qual pôde-se perceber o conhecimento prévio da população acerca da doença. No momento oportuno, orientações foram dadas e dúvidas foram esclarecidas, tendo em vista que a mensagem principal da ação baseava-se em três pilares: “proteger-se, testar e tratar”. Em seguida, foram distribuídos panfletos – os quais continham informações relevantes numa linguagem acessível – e preservativos.

A importância da Educação em Saúde na Atenção Básica é indiscutível. Isso se evidencia pelo fato de que a população amplamente aceitou os preservativos ofertados e, ao término da conversa, muitos buscaram a recepção da UBS para realizar o teste rápido, demonstrando como a informação acessível e direcionada pode motivar a ação imediata em prol da própria saúde. Nota-se, portanto, que a intervenção alcançou os resultados desejados, fortalecendo a capacidade da comunidade em lidar com questões relacionadas à saúde de maneira mais informada e proativa, contribuindo a reduzir o estigma associado à doença e incentivando o teste e a adesão ao tratamento.