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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-268 - BAIXO IMPACTO DA MORTALIDADE POR HBV EM ÁREA DE MÉDIA PREVALÊNCIA NO SUDESTE BRASILEIRO
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Tania Reuter, Eduarda Vitória da Costa Silva, Ingrid Soares Marques, Gabriel Rangel Fehlberg
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Embora existam dados comprovando que a hepatite B crônica pode se relacionar a óbitos precoces, essa infecção está, muitas vezes, ausente das declarações de óbito (DOs), dificultando a relação de morbimortalidade nos portadores crônicos do HBV.

Objetivo

Caracterizar as causas relacionadas ou não com a infecção pelo HBV identificadas nas DOs em coorte de portadores de hepatite B crônica no HUCAM.

Método

Foi realizada análise comparativa de coorte de 857 portadores de HBV do HUCAM acompanhados entre 01/2005 e 12/2022 com lista fornecida pela Secretaria Estadual de Saúde do ES (SESA) de todos os óbitos ocorridos nesse período. Foram avaliadas as informações contidas no bloco V das DOs e dados epidemiológicos dos prontuários médicos. As causas de óbito foram diretamente ligada ao HBV, se constasse na parte I do bloco V os CIDs B18, B19, K729 ou K74, associadas ao HBV, se os CIDs C22 ou C221 e outras causas se outros CIDs. Os dados foram analisados a partir do cálculo de proporções e o confronto de proporções na mesma amostra foi feito a partir do teste da binomial, no nível de 5% de significância. O pacote estatístico utilizado foi o SPSS 26.0.

Resultados

Nessa coorte de 17 anos de 857 portadores de HBV, foram identificados 39 (4,55%) óbitos. Em 3 (7,69%) foram por causas associadas ao HBV, 3 (7,69%) por causas diretamente ligadas ao HBV e 33 (84,6%) por outras causas. Entre essas, as mais frequentes foram 13 (33,33%) por questões respiratórias, 7 (17,94%) por cânceres não CHC e 5 (12,82%) por doenças oportunistas da infecção por HIV. A maioria dos óbitos foi de homens (74,35%, p < 0,05), ≥ 60 anos (59,00%, p > 0,05), pardos (64,1%, p < 0,05), de baixa escolaridade (66,7%, p > 0,05) e com comorbidades associadas (79% p < 0,05) sendo 58,97% com 2 ou mais e 29,48% com 4 ou mais. Dentre as comorbidades, as mais comuns foram HAS (53,84%), DM (30,76%), etilismo (23,07%), dislipidemia e HIV (12,82% cada). Além disso, a condição de portador de hepatite B crônica não foi descrita em 89,75% das DOs.

Conclusão

A mortalidade associada ou diretamente ligada à infecção por HBV foi baixa. As comorbidades encontradas nessa população tiveram maior impacto nas causas de óbito descritas nas DOs dos portadores de hepatite B crônica. O melhor controle das comorbidades dos portadores de hepatite B parece necessário na linha de cuidado desses pacientes, sendo a infecção crônica por HBV de menor morbimortalidade do que tais comorbidades de difícil manejo.

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