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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-241 - CASAL COM ASPERGILOMA EM CAVITAÇÃO DE TUBERCULOSE PULMONAR: RELATO DE CASO
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Isabella Rossi Garcia, João Pedro B.F. Gaion, Alexandre Micali Carvalho, Sigrid de Sousa Santos
Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A aspergilose pulmonar crônica geralmente afeta pessoas imunocompetentes com doença pulmonar prévia. São fungos ubícuos, sendo a doença mais associada à predisposição individual que à exposição ambiental. No aspergiloma, a bola fúngica se desenvolve em cavidade pulmonar previamente formada, principalmente por tuberculose ou por micobactérias não tuberculosas.

Objetivo

Destacar o papel do fator ambiental no desenvolvimento da doença.

Método

Relato de caso e revisão da literatura.

Resultados

Em 12/2022, AGF, fem, 67 anos, procurou atendimento por tosse seca há 2 anos, após COVID-19, há 6 meses com expectoração amarelada e há 2 meses com hemoptise, associadas a sudorese noturna e emagrecimento. Relatava diabetes mellitus em uso de metformina e gliclazida, e hipertensão arterial, em uso de enalapril. Apresentava-se pouco descorada, eupneica (16 rpm), taquicárdica (110 bpm), SatO2 97% e ausculta pulmonar limpa. A TC de tórax mostrou opacidades pulmonares com focos de consolidação alveolar e escavações de margens espessas de permeio, opacidades centrolobulares com aspecto ramificado e cavitação no segmento superior do lobo inferior E, com formação nodular de 1,5 cm no seu interior. Realizado lavado broncoalveolar com teste rápido molecular para tuberculose positivo, sensível a rifampicina, cultura para fungos negativa e cultura geral Staphylococcus aureus. Acompanhava o marido, DF, masc, 67 anos, ex-tabagista (120 anos-maço) e com tuberculose pulmonar tratada em 2017 com esquema básico (RHZE). RX de 2019 mostrava sequela pulmonar com escavações e opacidades retráteis em ápices. Relatava tosse com expectoração branco-amarelada há 2 anos, e cansaço aos moderados esforços. Em uso de formoterol+budesonida e brometo de umeclidínio. Apresentava-se emagrecido, taquipneico (21 rpm), SatO2 93% e com crepitações em ambos hemitórax. A TC de tórax mostrou opacidades nodulares bilaterais, mais numerosas nos campos pulmonares superiores, bandas parenquimatosas atelectásicas com distorção da arquitetura pulmonar, cavitações em ápices bilateralmente, com formações nodulares de contornos irregulares e com densidade de partes moles no seu interior. Cultura de escarro: Aspergillus sp, PBAAR(-) Micológico (-). TR HIV do casal: não reagente. Moravam em sítio com criação de bovina, equina e de frango, com silo para armazenamento de ração e feno, e com residência pouco arejada e com mofo.

Conclusão

A exposição ambiental do casal parece ter predisposto à bola fúngica.

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