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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-238 - NEUROCRIPTOCOCOSE POR CRYPTOCOCCUS GATTII E SUAS COMPLICAÇÕES EM IMUNOCOMPETENTE: RELATO DE CASO
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Gabryela Barreto Couto, Adriane Gomes de Souza, Amanda Silva Garcês Furtado, Layanne Barbosa Paz, Paula Luna Oliveira Leite, Raissa Pinto Nunes Alves, Cláudia Fernanda Lacerda Vidal
Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

O C. gattii é um fungo complexo, que atinge o sistema nervoso central, causando meningoencafalite, convulsões, cefaleia e alterações de nervos cranianos, afetando múltiplas áreas encefálicas. O diagnóstico é feito com exame clínico, estudo do liquor e exames de imagem.

Objetivo

Descrever o diagnóstico, tratamento e as variações clínicas de uma neurocriptococose por C. gattii apresentadas por uma paciente imunocompetente.

Método

Realizou-se um estudo descritivo do tipo relato de caso, o qual ocorreu no serviço de infectologia do Hospital das Clínicas (HC) em Recife-PE entre Janeiro e Abril de 2024.

Resultados

L.F.M., feminino, 39 anos, apresentou quadro de cefaleia fronto-temporal, tontura, náuseas, vômitos, febre não aferida, rash dérmico e perda de peso. Buscou um serviço de urgência onde realizou uma RNM (ressonância magnética) de crânio e uma coleta de LCR (líquido cefalorraquidiano) diagnosticando neurocriptococose, e assim iniciando o tratamento com Anfotericina B Lipossomal e Fluocitosina com fase de indução por 6 semanas.

A princípio, estava em unidade de terapia intensiva, devido a crises convulsivas e aumento da pressão intracraniana, realizando punções de alívio e uso de fenitoína para controle. Evoluiu com estabilidade clínica em 2 semanas, seguindo o restante do tratamento em enfermaria até o final da fase de indução terapêutica. Teve alta com a resolução dos sintomas que motivaram o internamento, com tratamento de manutenção com Fluconazol, além de Fenitoína e Topiramato. Seis dias após, procurou a emergência com dificuldade para deambular, desequilíbrio, afasia, náuseas e vômitos, o novo LCR mostrou hiperproteinorraquia + Tinta da China positivo + estruturas fúngicas esporuladas. Assim, a paciente foi internada para estender a fase de indução terapêutica por mais 4 semanas com Anfotericina B Lipossomal e Fluocitosina. Após término estava assintomática, seguindo de alta realizando manutenção com fluconazol, e em uso de levitiracetam.

Conclusão

Causas de imunodeficiência foram rastreadas e descartadas na paciente, correlacionando como possível fator desencadeante de uma resposta inflamatória a ressecação Schwannoma ovariano 3 meses antes. Optou-se então por estender a terapia de indução devido à piora clínica e pela indicação formal pela presença de cripotococomas cerebrais observados na RNM. Dessa forma, observamos excelência nos resultados clínicos obtidos pela paciente, permitindo a alta e acompanhamento ambulatorial.

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