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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-211 - USO DE AMPICILINA-SULBACTAM EM DOSE AUMENTADA PARA TRATAMENTO DE ACINETOBACTER SPP
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Leticia Mota Silva, Flavia Dias de Oliveira, Matheus Soares Baracho, Douglas Otomo Duarte, Jonas Atique Sawazaki, Ricardo de Souza Cavalcante
Universidade Estadual Paulista (UNESP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

As infecções causadas por Acinetobacter spp apresentam importante relevância no cenário sanitário atual devido a sua gravidade e ao seu restrito arsenal terapêutico.

Objetivo

Avaliar o desfecho clínico do uso de ampicilina-sulbactam (AMS) em dose aumentada em pacientes com infecção por Acinetobacter spp.

Método

Foi conduzido um estudo retrospectivo de uma pequena coorte de 21 pacientes com infecção por Acinetobacter spp confirmadas por cultura, internados entre janeiro de 2020 e dezembro de 2023 em um hospital de ensino, dos quais 7 receberam tratamento com AMS 9 g ao dia (AMS-9) e 14 dose padrão (AMS-p), associado ou não a outros antimicrobianos. O diagnóstico das infecções foi realizado conforme as definições da ANVISA. Dados clínicos, epidemiológicos, laboratoriais e terapêuticos foram obtidos dos prontuários dos pacientes. Variáveis categóricas foram analisadas pelo teste Exato de Fisher e as contínuas pelo teste U de Mann-Whitney, sendo estas apresentadas como mediana e intervalo interquartil. Foram consideradas significativas variáveis com valores de p menores que 0,05.

Resultados

No geral, a mediana de idade foi de 45 anos [36 – 56], 52,4% eram do sexo masculino. A mediana do escore de Charlson foi de 1 [0 – 2] e NEWS2 de 4 [1 – 7]. A mediana do tempo de internação foi de 40 dias [21 – 74]. A infecção mais frequente foi pneumonia hospitalar (28,6%), seguido de infecção primária de corrente sanguínea (19,1%), infecção de pele e partes moles (19,1%), infecção do trato urinário (14,3%), osteomielite (14,3%) e infecção de sistema nervoso central (4,8%). Um terço dos pacientes necessitou de internação em terapia intensiva. Houve predomínio da terapia combinada em ambos os grupos. Não se observou diferenças destes parâmetros entre os 7 pacientes tratados com AMS-9 e os 14 com AMS-p, exceto pelo escore de Charlson, que foi menor no primeiro grupo (0 [0 -1] vs. 1 [1 – 2], p = 0,01), e a resistência à amicacina (100,0 vs. 21,4%; p = 0,001) e a carbapenêmicos (100,0 vs. 28,6%; p = 0,001) que foi maior para AMS-9. A taxa de óbito não diferiu entre AMS-9 e AMS-p [28,6 vs. 21,4%; OR = 1,43 (0,13 – 12,87), p = 0,73].

Conclusão

O uso de AMS em dose aumentada não apresentou melhora no desfecho clínico dos pacientes. No entanto, a casuística observada é pequena e apresenta certas diferenças que podem ter interferido nesta avaliação. Futuros estudos são necessários para uma melhor compreensão deste manejo de infecções graves por Acinetobacter spp.

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