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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-197 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS EM GESTANTES E DA SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
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Matheus Bezerra Gondim, Vitória Oporto
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A sífilis pode ser transmitida sexualmente ou verticalmente, com a sífilis congênita resultante de infecção materna durante a gravidez. A prevenção é possível com diagnóstico e tratamento precoces Porem, se não abordada de forma adequada, pode levar a complicações graves, como aborto, natimorto e parto prematuro. Altas taxas de transmissão vertical sugerem deficiências na assistência pré-natal, incluindo tratamento inadequado da gestante e falta de tratamento do parceiro.

Objetivo

Avaliar o perfil epidemiológico da sífilis na gestação e os fatores condicionantes da transmissão congênita da sífilis no estado do RN, entre 2014 e 2018.

Método

O estudo é retrospectivo e descritivo, utilizando dados secundários de notificações compulsórias do Ministério da Saúde, disponíveis na plataforma SINAN, sobre sífilis no Brasil entre 2014 e 2018.

Resultados

Entre 2014 e 2018, houve um aumento significativo na detecção de sífilis adquirida, sífilis em gestantes e sífilis congênita no Brasil e no Rio Grande do Norte. Foram notificados no estado 4.973 casos de sífilis adquirida, 1.892 de sífilis em gestantes e 2.101 de sífilis congênita. A maioria das gestantes afetadas tinha entre 20 e 29 anos e ensino fundamental II incompleto. Embora 80% tenham recebido assistência pré-natal, o diagnóstico geralmente ocorreu tardiamente, principalmente no 3° trimestre. Cerca de 40% dos diagnósticos foram feitos durante o parto ou curetagem. Exceto em 2018, o número de casos de sífilis congênita superou os casos em gestantes, sugerindo subnotificação ou diagnóstico pós-natal preocupante. A maioria dos casos de sífilis congênita foi recente, resultando em 21 natimortos e 5 abortos. O tratamento instituído foi considerado inadequado em 76% das gestantes, e aproximadamente 13% não receberam tratamento específico. Em 60% dos casos, o tratamento dos parceiros não foi indicado. Além disso, o coeficiente de mortalidade por sífilis congênita em menores de 1 ano dobrou no período de estudo no RN.

Conclusão

O estudo revelou um aumento significativo nos casos de sífilis em gestantes e sífilis congênita no estado durante o período analisado. Apesar da assistência pré-natal adequada, houve falhas graves, incluindo diagnóstico tardio e tratamento inadequado das gestantes, resultando em altas taxas de transmissão vertical da doença, aborto e natimortalidade. É essencial adotar medidas para conter a transmissão vertical no estado, uma vez que essa condição pode ser prevenida em 100% dos casos.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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